
22 outubro, 2011
sobre o amor...

19 setembro, 2011
11 setembro, 2011
08 setembro, 2011
07 setembro, 2011
06 setembro, 2011
sobre os sonhos e as fantasias...
sobre os erros e os acertos...

Se você errou, peça desculpas, mas sinceras, fingir que se arrependeu não adianta.
Se errou, veja onde errou e conserte o erro, e a única forma de fazê-lo é sendo sincero a respeito dele.
Se acha que a pessoa exagerou por não acreditar que você é o centro do mundo e que o seu problema é maior que o de todo mundo, e que por ser grande demais você tem o direito de desrespeitar, tripudiar e ignorar a dor alheia, peça desculpas veementemente. Nada justifica sua intolerância.
Se tudo não passou de mal entendido, lembre-se que nós seres humanos usamos a linguagem como forma de nos comunicarmos e por si mesma a linguagem é relação, e não coisa em sí, e portanto pode ser falha. Seja claro, não fale nas entrelinhas, não espere que o outro adivinhe que depois de fazer uma grande besteira você percebeu isso e quer ser perdoado (muitas pessoas não conseguem nem falar essa palavra, sentem que serão menores ou menosprezadas por isso, e isso não é verdade, aceitar um erro é ser mais sábio que aquele que continua encontrando justificativas superficiais para ele), ou pior, que no fundo a pessoa quer que você finja que nada aconteceu. Pior erro comete aquele que não consegue compreender isso.
As pessoas erram, mas permanecer no erro é bobagem e tem consequências. Se a sua felicidade futura depende de refazer seus trajetos e mudar os rumos, mude, mas mude logo porque o tempo passa rápido e quando você perceber pode ser tarde demais.
Não adianta pedir para a pessoa ignorar o que passou, falem, discutam, briguem e sigam em frente. Fingir que algo não aconteceu nunca fez o problema desaparecer...em algum momento a sujeira sai de baixo do tapete e normalmente não há como colocá-la de volta. Melhor limpar logo toda a sujeira.
Certas coisas, por óbvias que são, não precisam ser ditas. Se você quer esquecer algo, a melhor forma de começar é não falando disso.
Certas coisas, mesmo óbvias, precisam ser ditas. Por mais que alguém saiba do amor do outro, é preciso demonstrar, e demonstrar de novo, e fazer de novo...Não há nada que dure para sempre, mas se for infinita enquanto durar, já é de grande valor. O poetinha tinha razão. Mas se acabou, acabou. Siga em frente e guarde pra si suas lembranças. Todo mundo as tem mas nem todos ficam expondo isso o tempo todo.
Se gosta dos seus amigos, diga a eles. Eu amo meus amigos que são mais que irmãos para mim. Eles serão sempre meu porto seguro em cada uma das minhas navegações, precisas ou não precisas. Eles entendem meus erros, compreendem minhas angústias e não as usam para me diminuir. Só isso já faz deles o bem maior que há no mundo.
Se escolheu um caminho, siga em frente. Fazer escolhas sempre é conquistar algo e perder algo. Não inventaram ainda jeito pra isso, e enquanto não inventarem, conforme-se. Eu sou a pessoa menos conformada do mundo, mas também entendo que certas coisas são indissolúveis. Se não depende de mim, paciência. Se depende, eu mudo. Faço e refaço o meu caminho, mas nunca olho para trás. Decisões tomadas, trajetos pensados, siga em frente.
Ouvir é das coisas mais difíceis para um ser humano mediano. Nós. Os sábios ouvem muito e falam pouco. Eu serei assim um dia.
Sua verdade, por ser sua, é importante, mas não é a única e provavelmente não é a melhor. Dialética é das coisas mais importantes que Platão inventou, e ele era um sábio. Pare de achar que sabe mais que todo mundo, humildade é fundamental.
O amor é o sentimento mais importante, mas sem respeito ele acaba. Seja pelo amigo, pelo filho, pelo amado...Amar é doar, e poucas pessoas estão prontas para isso. Se não estiver pronto, apresse-se. A vida passa e o que foi perdido nunca volta. Viver é viver agora.
05 setembro, 2011
...uma bailarina torta...
Baila baila bailarina
seu pax de deux ideal
baila bailarina baila
ri da vida, seja o sonho
rima pernas, braços e sorrisos,
lábios olhos e destino
enlaça em corpo ardente
desejoso de suas curvas
em suaves tons, vais e vem...
passa, volta, vive, solta
baila baila bailarina torta
mas só baila em fantasia
seja apenas noite, não dia
que só em fantasia baila
a fantasia de outrora
do pax de deux ideal
não torne pax de deux real
pois somente platonicamente
idealmente vive
quando ideal em real se torna
corta a carne e a fantasia é morta
e tu, bailarina torta
02 setembro, 2011
sobre o não ser, sendo...
30 agosto, 2011
sobre os amigos que passam pelo nosso caminho e deixam marcas...

P.S.: Que foto é essa??? Com almofadinha de coração?? Bom, ao menos minha máquina de escrever Olivetti Letera 82 tá ali ao lado, essa era minha companheira, aquela que faria eu ser escritora...eu dormia atrás de uma cortina que separava o quarto da minha mãe, encostada na parede...
Eu ainda tenho guardado a 7 chaves,todas as cartas que recebi.
Eu ainda tenho o telegrama que você me enviou no dia do meu aniversário.Você fez uma surpresa:comprou um bolo,me deu de presente um cinto e depois me dispensou para fazer as entregas/você era a minha chefe...
No dia do seu aniversário,eu fui com um amigo.Quando chegamos na sua festa,eu senti uma dor de dente muito forte,você parou tudo e veio me dar atenção juntamente com a sua mãe e a sua avó.Eu fui embora mais cedo daquela festa.
Eu ainda lembro do dia que você desfilou na escola em que estudava,quando cheguei,a primeira pessoa que me reconheceu foi o seu irmão.
Eu ainda lembro no dia em que você me trancou acidentalmente no banheiro do trabalho,todos ficaram procurando por mim...
Eu ainda lembro no dia em que eu comprei um camiseta de surf,e estava usando,você queria de qualquer maneira comprar aquela camiseta,só por causa de uma mensagem,e olha o destino... (você se lembra da mensagem?).
Eu não imaginava que você sabia que eu era apaixonado pela Andréia. rs
Eu ainda me lembro o quanto que você dançava bem (pé de valsa) rs...
28 agosto, 2011
ainda sobre a palestra de Boff

para aquele que virá...

sobre a ontologia do meu ser...

sobre as quedas...
sobre a poesia...
sobre a poesia...
27 agosto, 2011
sobre o tempo do tempo do tempo

sobre a palestra com Leonardo Boff


15 agosto, 2011
sobre as angústias da paixão...

O dia amanheceu triste e vazio. Claro que não foi o dia que amanheceu triste e vazio, para tantas pessoas naquele horário, em outros lugares, o dia amanhecia lindo, mas para ela o vazio interior reverberava no mundo inteiro, e não havia sol que iluminasse tal sentimento. Olhou o computador desligado ao lado da cama e, como sempre fazia, correu para ligá-lo, mas parou imediatamente ao lembrar que não havia mais motivo para tal correria...não fazia mais sentido por não haver vida ali dentro, vida que a alimentou por todos esses dias dos últimos meses, e que agora já não existia...Como o inseto monstruoso kafkiano sentiu-se pesada demais para se mover na cama, pernas curtas e coração idem...deixou-se ficar a olhar o teto, esperando algum milagre (que nesse mundo pós-modernos viria pelas ondas do celular) mas logo tomou-se de uma força maior e lançou-se para fora da cama, carregando sua tristeza escadas abaixo e vida acima...não conseguia pensar, evitava o confronto com as próprias idéias...o que queria ali era apenas estar enganada, ter a certeza que estava errada e que pedir desculpas bastaria para fazer o sol voltar a iluminar seu mundo...por um momento pensou que de alguma maneira já havia feito isso, e tudo o que recebeu em troca foi angustiante silêncio. Percebeu que nada mudaria por um motivo simples e completamente frustrante...reconhecia naquela situação, no outro, aquilo que ela mesma era, anos atrás. Percebeu que gostava no outro aquilo que fora um dia, impetuosidade e desespero, confronto e dedicação, paixão e medo...e soube que a única maneira de superar o problema seria esperar a ação do tempo, e que enquanto o tempo revelava no outro suas idiossincrasias insuportáveis, ela lembraria do quanto foi insuportável um dia e que agora reconhecia naquelas pessoas que passaram pela sua vida e que sofreram tanto por ela, uma dor maior que a que tinha percebido na época...como fora insuportável, como exigira tamanhos absurdos, como não percebera que suas palavras duras e atitudes idem aniquilavam o outro, não reconhecia neles suas necessidades de afeto mesmo quando estavam errados, mas ao mesmo tempo se perguntava o motivo pelo qual tais pessoas a amaram tanto, por tanto tempo lutaram para estar com ela, muitas vezes dizendo estar vivendo seus momentos mais felizes...não sei, não sei, responderia, mas no fundo talvez ela soubesse...apesar de toda essa exigência absurda de perfeição, ela amava. E sempre tão intensamente que fazia do outro esplendoroso amor, fazia surgir o melhor dos mundos possíveis quando os deitava em seu colo e acariciava seus cabelos por horas a fio, quando, atenta que era, antecipava sonhos e desejos e os realizava, quando fazia do outro altar de seus dias. A intensidade que angustiava ali era aliada, intenso ardor que a tudo superava, que fazia das horas minutos e que deixava sempre a sensação de se querer mais...só que agora, passado o tempo e com a maturidade alcançada, ela não conseguia mais viver desordenadamente, um dia sim, um dia não, um dia com, um dia sem...queria a sorte de um amor tranqüilo, mordido, de rotina para se tentar fugir dela, mas só um pouco, só às vezes, tão bom era viver sem medo, sem agruras, sem sofrimentos a toa, deitados na cama escolhendo o que assistir, interrompendo o assistido, reiniciando, renovando, refazendo, refazenda...Pensou que um dia ele perceberia tudo isso, mas isso seria só daqui há 10 anos, ou mais, e soube que a história tinha terminado, não passaria de vaga lembrança tantas vezes gravada e apagada na pós-modernidade que nos expõe e muitas vezes nos aniquila. A pós-modernidade havia-os reunido, a mesma pós-modernidade agora os separava...