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25 fevereiro, 2011

sobre o tempo...


ele chegou, e ao chegar, ficou
mesmo quando já não estava
ficou como névoa fina
e intocável
ficou como aroma quente
de terra molhada
encharcada de suor
não da labuta
mas de amor

13 fevereiro, 2011

Bissexualidade, o sexo do futuro? - Questões do amor - iG

Bissexualidade, o sexo do futuro? - Questões do amor - iG

Quando eu falo sobre sexualidade nas salas de aula sempre aparecem aqueles engraçadinhos que começam a rir. Normalmente são os mesmos que fazem questão de mostrar que odeiam "viados", e eu digo a eles que não dou aula sobre fauna...

Normalmente, quando percebo muita homofobia entre o grupo, eu falo dessa escala de kinsey, a qual eu não lembrava os detalhes mas agora posto aqui, pra quem tiver interesse em ver...Pensar que cada um tem o direito de fazer o que quiser me faz lutar para tentar esclarecer as pessoas que caráter não se determina por orientação sexual...queira Zeus que eu consiga, pelo menos com alguns...

Contas Abertas - Carrinho de Compras: Senado gasta R$ 64 mil com açougue, frios e frutas para casa de Sarney

E a palhaçada continua, e nós continuamos calados...ô inveja dos egípcios...

Contas Abertas - Carrinho de Compras: Senado gasta R$ 64 mil com açougue, frios e frutas para casa de Sarney

sobre como o brasileiro brinca de ser cidadão

Salário: R$ 26.700,00
Ajuda Custo: R$ 35.053,00
Auxilio Moradia: R$ 3.000,00
Auxilio Gabinete: R$ 60.000,00
Despesa Médica pessoal e familiar: ILIMITADA E
INTERNACIONAL (livre escolha de médicos e clinicas).
Telefone Celular: R$ ILIMITADO.
Ainda como bônus anual: R$ (+ 2 salários = 53.400,00)
Passagens e estadia: primeira classe ou executiva sempre
Reuniões no exterior: dois congressos ou equivalente todo ano.

Aposentadoria: total depois de oito anos e com pagamento integral.
Fonte de custeio: SEU BOLSO!!!!!!
Dá para chamar ele de palhaço?
Pense em quem é o palhaço!!! Não é preciso dizer.......

07 fevereiro, 2011

sobre o belo e angustiante Cisne Negro


Ontem fui ver Cisne Negro, saudosa dos meus tempos de bailarina...fiquei profundamente impressionada, sai do cinema tensa (adoro isso!)mas, pra variar, não tenho tempo pra escrever...aproveito as belas palavras do querido Ailtão:


http://cinediario.blogspot.com/

Dez anos depois de RÉQUIEM PARA UM SONHO (2000), Darren Aronofsky deixa o espectador novamente saindo do cinema totalmente desnorteado, quase com náuseas. E essa não é a única semelhança do filme de dez anos atrás em relação ao novo e aclamado CISNE NEGRO (2010). De lá pra cá, muita coisa aconteceu. Aronofsky passou de piada (com FONTE DA VIDA, 2006) a cineasta prestigiado e premiado (com O LUTADOR, 2009). E é com o respeito que ganhou com a bela história de um homem decadente que Aronofsky parte para um mergulho mais ousado, fazendo um terror psicológico a partir da história de uma garota (Natalie Portman) e sua obsessão por conseguir o papel principal para o "O Lago dos Cisnes", de Tchaikovsky.

E assim como a personagem de Ellen Bustyn em RÉQUIEM PARA UM SONHO ficou obcecada para emagrecer e começou a ter alucinações com a ajuda das pílulas receitadas pelo médico, a jovem Nina (Portman) também chega a confundir a realidade com seus piores pesadelos. Uma das coisas que mais incomodam em CISNE NEGRO – e quando uso o verbo 'incomodar' não é para depor contra o filme – é o fato de Nina aparecer sempre em dor, com uma expressão de angústia que parece não ter fim. A perfeição que ela quer chegar através da técnica não é suficiente para que ela alcance o que é requerido para o papel. Principalmente porque ela deve desempenhar duas personas e a que corresponde a seu lado negro requer mais sensualidade e visceralidade, coisa que ela tem dificuldade em obter e ainda vê em sua colega Lily (Mila Kunis), uma rival capaz de tomar o seu tão cobiçado papel.

A personagem de Kunis é um contraponto perfeito a Nina. Enquanto uma é atormentada o tempo todo, a outra é cheia de confiança e sensualidade. E as comparações com CLUBE DA LUTA, de David Fincher, são inevitáveis nesse aspecto, como o espectador pode perceber durante o filme. Outras figuras fortes e de autoridade são responsáveis por potencializar a personalidade frágil de Nina: a mãe, vivida por Barbara Hershey, que quer que ela continue sendo uma criança, cheia de bichos de pelúcia no quarto; e o diretor da peça (Vincent Cassel), um personagem dúbio, que pode ser visto como alguém que está ajudando Nina a se tornar mais forte e mais independente, mas também aquele sujeito que quer se aproveitar da ingenuidade da moça. Ou as duas coisas, pois o preto e o branco são sempre faces da mesma moeda.

Por incrível que pareça, alguns momentos do filme lembram bastante A MOSCA, de David Cronenberg. E não me refiro apenas às cenas dos ferimentos que surgem em suas costas e dedos. E como um filme não é feito apenas de diretores e elenco, ajudando a tornar CISNE NEGRO uma experiência sensorial ainda mais perturbadora, o autor da trilha sonora, Clint Mansel (o mesmo da excepcional trilha de RÉQUIEM PARA UM SONHO), faz uma música perfeita para o que se pretende o filme: fazer com que nós entremos na mente perturbada da protagonista. E para isso ele usa muitas vezes variações da própria obra de Tchaikovsky, de uma maneira com que se torne uma espécie de negativo da música. Para completar, a pequena participação de uma estranha Winona Ryder ajuda a compor este quadro de um mundo dominado pela neurose e pela paranoia. E o mais estranho de tudo é que o efeito disso numa obra de arte ainda pode gerar algo belo.

CISNE NEGRO concorre ao Oscar em seis categorias: filme, diretor, atriz (Natalie Portman), roteiro original, fotografia e edição. O belo trabalho de Clint Mansel foi desclassificado por se basear na obra de Tchaikovsky. Provavelmente o único prêmio que deve levar seja o de melhor atriz para Portman. Muito justo para tanto sacrifício e perfeição na composição.

06 fevereiro, 2011

sobre a pobreza das músicas românticas atuais

TRISTE REALIDADE

Uma análise da evolução da relação de conquista e do amor do homem para
a mulher, através das músicas que marcaram época.
Não é saudosismo, mas vejam como os jovens tratavam seus amores.

É por isso que de vez em quando vemos uma mulher nova enroscada no
pescoço de um quarentão, cinquentão...

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Década de 30:
Ele, de terno cinza e chapéu panamá, em frente à vila onde ela mora,
canta: "Tu és, divina e graciosa, estátua majestosa! Do amor por Deus
esculturada. És formada com o ardor da alma da mais linda flor,
de mais ativo olor, na vida é a preferida pelo beija-flor...."

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Década de 40:
Ele ajeita seu relógio Pateck Philip na algibeira,escreve para Rádio
Nacional e, manda oferecer a ela uma linda música:
"A deusa da minha rua, tem os olhos onde a lua,costuma se embriagar.

Nos seus olhos eu suponho, que o sol num dourado sonho, vai claridade
buscar"

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Década de 50:
Ele pede ao cantor da boate que ofereça a ela a interpretação de uma
bela bossa:
" Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça. É ela a menina que vem
e que passa, no doce balanço a caminho do mar. Moça do corpo dourado, do
sol de Ipanema. O teu balançado é mais que um poema. É a coisa mais
linda que eu já vi passar."

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Década de 60:
Ele aparece na casa dela com um compacto simples embaixo do braço,

ajeita a calça Lee e coloca na vitrola uma música papo firme:

"Nem mesmo o céu, nem as estrelas, nem mesmo o mar e o infinito não é
maior que o meu amor, nem mais bonito. Me desespero a procurar alguma
forma de lhe falar, como é grande o meu amor por você...."

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Década de 70:
Ele chega em seu fusca, com roda tala larga, sacode o cabelão, abre
porta pra mina entrar e bota uma melô jóia no toca-fitas:
"Foi assim, como ver o mar, a primeira vez que os meus olhos se viram no
teu olhar.... Quando eu mergulhei no azul do mar, sabia que era amor e
vinha pra ficar...."

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Década de 80:
Ele telefona pra ela e deixa rolar um:
"Fonte de mel, nos olhos de gueixa, Kabuki, máscara. Choque entre o azul
e o cacho de acácias, luz das acácias, você é mãe do sol. Linda...."

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Década de 90:
Ele liga pra ela e deixa gravada uma música na secretária eletrônica:
"Bem que se quis, depois de tudo ainda ser feliz. Mas já não há caminhos
pra voltar. E o que é que a vida fez da nossa vida? O que é que a gente
não faz por amor?"

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Em 2001:
Ele captura na internet um batidão legal e manda pra ela, por e-mail:
"Tchutchuca! Vem aqui com o teu Tigrão. Vou te jogar na cama e te dar
muita pressão! Eu vou passar cerol na mão, vou sim, vou sim! Eu vou te
cortar na mão! Vou sim, vou sim! Vou aparar pela rabiola! Vou sim, vou
sim"!

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Em 2002:
Ele manda um e-mail oferecendo uma música:

"Só as cachorras! Hu Hu Hu Hu Hu! As preparadas! Hu Hu Hu Hu!

As poposudas! Hu Hu Hu Hu Hu!"

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Em 2003:
Ele oferece uma música no baile:
"Pocotó pocotó pocotó... minha éguinha pocotó!

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Em 2004:
Ele a chama p/ dançar no meio da pista:
“Ah! Que isso? Elas estão descontroladas! Ah! Que isso? Elas Estão
descontroladas! Ela sobe, ela desce, ela da uma rodada, elas estão
descontroladas!"

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Em 2005:
Ele resolve mandar um convite para ela, através da rádio:
" Hoje é festa lá no meu apê, pode aparecer, vai rolar bunda lele!"

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Em 2006:
Ele a convida para curtir um baile ao som da música mais pedida e tocada
no país:
"Tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha, tô ficando atoladinha!!!

Calma, calma foguetinha!!! Piriri Piriri Piriri, alguém ligou p/ mim!"

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Em 2010:
Ele encosta com seu carro com o porta-malas cheio de som e no máximo
volume: "Chapeuzinho pra onde você vai, diz aí menina que eu vou atrás.
Pra que você quer saber?

Eu sou o lobo mau, au, au
Eu sou o lobo mau, au, au

E o que você vai fazer?
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer,
Vou te comer, vou te comer, vou te comer"

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Onde foi que nós erramos?

Será que ainda é possível piorar?

02 fevereiro, 2011

decadence avec elegance

Olha só como ele está lindo! :)

ele PRECISA vir fazer um show em Fortaleza!! Urgente!!



sobre interpretações!

Não sei se é verdade, mas achei muito interessante:

Vestibular da Universidade da Bahia cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho do poema de Camões:

'Amor é fogo que arde
sem se ver,
é ferida que dói e não se sente,
é um contentamento descontente,
dor que desatina sem doer '.

Uma vestibulanda de 16 anos deu a sua interpretação :

'Ah, Camões!, se vivesses hoje em dia,
tomavas uns antipiréticos,
uns quantos analgésicos
e Prozac para a depressão.
Compravas um computador,
consultavas a Internet
e descobririas que essas dores que sentias,
esses calores que te abrasavam,
essas mudanças de humor repentinas,
esses desatinos sem nexo,
não eram feridas de amor,
mas somente falta de sexo !'

A Vestibulanda ganhou nota DEZ: pela originalidade, pela estruturação dos versos, das rimas insinuantes, e também foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos, alguém desconfiou que o problema de Camões era apenas falta de mulher. (ou de homem, quem sabe?)

01 fevereiro, 2011

Zé Netto comenta os versos de Erika Bataglia ~ Mafuá do Malungo

Zé Netto comenta os versos de Erika Bataglia ~ Mafuá do Malungo

O Zé é um poeta multidisciplinar! ele havia escrito este texto sobre uma poesia minha e eu achei de uma generosidade imensa! Agora, foi publicada neste site muito bacana, Mafuá do malungo!. Deem uma olhada lá, vale a pena!