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28 setembro, 2010

sobre o analfabeto político

e o palhaço Tiririca, analfabeto, vai conseguir mais de 1 milhão de votos...ô vergonha do meu país...


“O pior analfabeto

É o analfabeto político,

Ele não ouve, não fala,
Nem participa dos acontecimentos políticos.
Ele não sabe o custo da vida,
O preço do feijão, do peixe, da farinha,
Do aluguel, do sapato e do remédio
Dependem das decisões políticas.

O analfabeto político
É tão burro que se orgulha
E estufa o peito dizendo
Que odeia a política.

Não sabe o imbecil que,
da sua ignorância política
Nasce a prostituta, o menor abandonado,
E o pior de todos os bandidos,
Que é o político vigarista,
Pilantra, corrupto e lacaio
Das empresas nacionais e multinacionais.” (
Bertold Brecht)

26 setembro, 2010

sobre ditaduras e democracias


Não vejo mais a política como forma de resolução dos problemas. Não acho que, mantendo-se a mesma lógica capitalista, seja possível a superação da corrupção que gera tanta desigualdade. Um tipo de democracia como a brasileira, em que a maioria - e, portanto, quem decide- da população não tem a mínima noção de seus direitos e deveres enquanto cidadão, dificilmente fará com que haja alguma mudança de fato significativa, ao menos por enquanto. A superação do Capital só se dará a partir da revolução, que não virá tão cedo, se é que um dia de fato terá forças para surgir...mas, enquanto isso, temos o DEVER de lutar contra o monopólio do dinheiro, da terra e do poder da palavra (usando termos do Emir). Mantendo minha máxima que pretende mudar o mundo um pouquinho de cada vez, tento, à minha maneira, me esclarecer cada dia mais e repassar isso para os que me rodeiam, física ou virtualmente. É pouco, dirão alguns, e provavelmente eles estejam certos. Mas desistir de tentar seria a prova de que eles estão certos e me convenceram, e isso eu não vou aceitar. Como, pra variar nos últimos 3 anos, não tenho tido tempo para quase nada, preferi usar esse texto do Emir, que aliás me faz sempre refletir sobre tais assuntos...Enjoy it






26/09/2010

Quem tem medo da democracia?

O momento mais trágico da história brasileira – o do golpe de 1964 e da instauração do pior regime político que o Brasil já teve, a ditadura militar – foi o momento da verdade da democracia. O momento revelou quem estava a favor e quem estava contra a democracia. E quem pregava e apoiava a ditadura. Foi um divisor definitivo de águas. O resto são palavras que o vento leva. A posição diante da ditadura e da democracia, na hora em que não havia outra alternativa, em que a democracia estava em risco grave – como se viu depois - foi decisiva para definir que é democrata e quem é ditatorial no Brasil.

Toda a velha imprensa, que segue ai – FSP, Globo, Estadão, Veja – pregou e apoiou o golpe militar, compactuou com a destruição da democracia no Brasil e enriqueceu com isso. Compactuou inclusive com a destruição da Última Hora, o único jornal que sempre resistiu à ditadura. O mesmo aconteceu com a maior parte da elite política da época - uma parte da qual ainda anda por aí, quase todos dando continuidade ao mesmo papel de inimigos da democracia, mesmo se disfarçados de democratas.

A história contemporânea é continuação daquela circunstância e da ditadura que ela instaurou. Se o amplo apoio ao governo Lula provêm, no essencial, em ter, pela primeira vez, diminuído a desigualdade, a injustiça e a exclusão social no Brasil, isto se deve, em grande parte, à monstruosa desigualdade que o modelo implantado pela ditadura – fundado na liberdade total ao capital e no arrocho dos salários, acompanhado da intervenção em todos os sindicatos – promoveu.

Da mesma forma que a polarização atual da política brasileira se centra de novo em torno da alternativa democracia/ditadura. Como naquela época, ambos os lados dizem falar em nome da democracia. Como naquela época, toda aquela imprensa e parte da elite política tradicional, falam da democracia – que eles mesmos ajudaram a massacrar ao pregar e apoiar a instauração da ditadura no Brasil –, mas representam a antidemocracia, representam os interesses tradicionais das elites, que resistem à imensa democratização por que passa o Brasil.

O golpe de 1964 foi realizado para evitar a continuidade de um processo de ampla democratização por que passava o Brasil. A política econômica do governo Jango, a extensão da sindicalização – aos funcionários públicos, aos trabalhadores rurais -, as lutas populares por mais direitos, o começo de reforma agrária, incorporavam crescentes setores populares a direitos essências. Mas isso não era funcional aos interesses das elites dirigentes, comprometidas com interesses econômicos voltados para o consumo das camadas mais ricas da sociedade – a indústria automobilística era o eixo da economia – e para a exportação, em detrimento do mercado interno de consumo popular.

O golpe e a ditadura militar fizeram um mal profundo para o Brasil, mas favoreceram o capitalismo fundado nas grandes corporações nacionais e internacionais, que lucraram como nunca – entre elas os próprios grupos econômicos da mídia. A gritaria de que a democracia estava em perigo, em 1964, serviu para acobertar a ditadura e o regime mais antipopular que já tivemos.

Agora o quadro se repete, já não mais como tragédia, mas como farsa. Vivemos de novo um processo de ampla e profunda democratização da sociedade brasileira. Dezenas de milhões de brasileiros, que nunca haviam tido acesso aos bens mínimos à sobrevivência, adquirem o direito de tê-los, para viver com um mínimo de dignidade. O mercado interno de consumo popular passou a ser elemento integrante essencial do modelo econômico.

A sociedade brasileira, que era a mais desigual da América Latina - que, por sua vez, é o continente mais desigual do mundo -, pela primeira vez, começou a ser menos desigual, menos injusta. Isso incomoda às elites conservadoras brasileiras. Já não podem dispor do Estado brasileiro – e das empresas estatais – como sempre dispuseram. Os donos de jornais, rádios e TVs, já não têm um presidente da república que almoce e jante com eles, com todas as promiscuidades decorrentes daí.

Sentem que o poder se lhes escapa das mãos. Que um presidente – nordestino e operário de origem – conquistou um prestigio e um apoio popular, apesar deles. Tem medo do povo. Quando se dão conta da democratização que começou a acontecer, logo retomam os seus fantasmas da guerra fria e gritam que a democracia está em perigo, quando o que está em perigo são os seus privilégios.

São os mesmos que confundiam seus privilégios com democracia – porque assimilavam democracia com regime que protegia seus interesses -, que agora tem medo da democracia, porque sentem que perdem privilégios. Privilégios de serem os únicos formadores de opinião publica, de serem os que filtravam quem podia ocupar a presidência republica e os outros cargos públicos importantes. Privilégios de terem acesso exclusivo a viajar, a comprar certos bens, a ir ao teatro. Privilégios de decidir as políticas governamentais, de eleger e destituir presidentes.

O que está em perigo são os privilégios das minorias. O que está em desenvolvimento no Brasil é o mais amplo processo de democratização que o país já conheceu. Um processo que apenas começa, que tem que quebrar o monopólio do dinheiro (poder do capital financeiro), da terra (poder dos latifundiários) e o poder da palavra (poder da mídia monopolista), entre outros, para que nos tornemos realmente um país justo, solidário e soberano.

Quem tem medo da democracia? As elites que sempre detiveram privilégios, que agora começam a perdê-los. O povo, os que têm consciência social, democrática, não tem nada a temer. Tem um mundo – o outro mundo possível – a ganhar.

Postado por Emir Sader às 04:42

17 setembro, 2010

sobre as tais defesas prévias

Eu não sei explicar se foi a maracujina que dona babita sugeriu ou se estava tão tensa antes que não sobrou tensão para a hora do debate...bem, não posso dizer tudo o que penso sobre o que aconteceu pra não me comprometer, vai que alguém lê isso aqui, mas o que tenho a dizer é que o que a babita por um lado, e a amandinha por outro, resolveram fazer pra me vingar seria muito bem vindo...

basicamente, 90% do trabalho de 30 meses terá que ser refeito em um mês e meio...parece que isso é bastante comum no meio acadêmico...fazer o quê...

bem, é o jeito...e lá vamos nós!

14 setembro, 2010

sobre meus sonhos de consumo do dia




sobre alunos, again

sério, tem aluno que ACREDITA MESMO que a professora não percebe quem fez o trabalho e quem só leu o que está no slide e enrolou na explicação? Acorda!

sobre os amigos e o projeto "passa, erika"

em tempos de maximização dos conflitos, da competição exagerada, do cada-um-por-si, me faz muito bem saber que existem pessoas que conseguem deixar de lado suas tantas obrigações para ajudar um amigo nas horas mais difíceis...são tantos os momentos em que precisei deles e que eles nunca me faltaram que não caberia em um post, ainda mais um deste, entre tanto trabalho...mas não podia deixar de agradecer especialmente, nesta semana, Val, Amanda, Murilo e Mano. Sem eles eu não sei que conseguiria ir em frente. Val disse que eu tenho os amigos que mereço...eu digo que eu tenho muito mais do que mereço, mas espero realmente estar à altura de vocês um dia...e babita, por favor, não precisa se desesperar em sonho ou na vida real, por favor...amigo bom é amigo vivo e são (ou mais ou menos)rsrs...

e, juro, depois dessa confusão toda, eu vou EXIGIR a presença de todos vocês, mas desta vez para tomar um PORRE daqueles...

voltando ao batente...e lá vamos nós!

03 setembro, 2010

sobre as coisas boas de ser educadora

terminei hoje o curso de dinâmica de grupo na Fatene...desde semana passada eu não faço outra coisa além de me envolver com o curso (apesar de coisa muito importante me esperando). Eram duas turmas, uma a tarde e outra a noite, e é incrível como as coisas vão acontecendo e a gente tem que ir adaptando ao grupo, aos horários, às limitações de instalações e material, enfim, apesar de tantas dificuldades o curso foi muito bom.

A melhor coisa no meu trabalho é saber o quanto eu posso influenciar e ser influenciada pelas pessoas...tanta coisa que eu senti nesses 3 dias me fizeram ter certeza da minha escolha. Entre tantas vivências sentir cada abraço emocionado de alguém que foi tocado por uma carta recebida, um abraço, um elogio...e hoje, tentar levar cada um ao nível de relaxamento que os fizesse viajar para além do espaço físico em que estávamos foi uma experiência maravilhosa...foi muito bom ver as pessoas voltando ainda um pouco atordoadas mas com um sorriso no rosto de satisfação...enfim, cada palavra de carinho, cada afeto, cada sorriso, presentinhos feitos pela própria aluna e entregues ao final do curso, o depoimento de um aluno que esteve na minha disciplina no semestre passado e, apesar de ter um torneio de futebol e um curso de avaliação física no mesmo horário do meu curso, escolheu fazer o de dinâmicas por ser eu a professora...isso não tem preço...e ainda ouvir dele que apesar dele já ir com a expectativa lá em cima, o que ele viveu ali foi surpreendente...

Sei que pode parecer auto elogio mas este espaço é para eu expor meus sentimentos, que muitas vezes são tão ruins e negativos, e eu não podia deixar de colocar aqui minha emoção de hoje para compartilhar com os meus poucos e bons amigos que me visitam vez por outra...cansada, com pouco dinheiro, mas feliz...eu fui tocada, e toquei...essa é a vida que eu sempre quis...



sobre os absurdos da politicagem brasileira

Eu juro que nem me surpreendo ao ler tanto absurdo...nem sei o que falar...pior que está FICA!

Folha - Por que você decidiu se candidatar?
Tiririca - Eu recebi o convite há um ano. Conversei com minha mãe, ela me aconselhou a entrar porque daria pra ajudar as pessoas mais necessitadas. Eu tô entrando de cabeça.
De quem veio o convite?
Do PR.
Como foi?
Por eu ser um cara popular, eles acreditaram muito, como eu também acredito, que tá certo, eu vou ser eleito.
Sabe o que o PR propõe, como se situa na política?
Cara, com sinceridade, ainda não me liguei nisso aí, não. O meu foco é nessa coisa da candidatura, e de correr atrás. E caso vindo a ser eleito, aí a gente vai ver.
Quais são as suas principais propostas?
Como eu sou cara que vem de baixo, e graças a Deus consegui espaço, eu tô trabalhando pelos nordestinos, pelas crianças e pelos desfavorecidos.
Mas tem algum projeto concreto que você queira levar para a Câmara?
De cabeça, assim, não dá pra falar. Mas como tem uma equipe trabalhando por trás, a gente tem os projetos que tão elaborados, tá tudo beleza. Eu quero ajudar muito o lance dos nordestinos.
O que você poderia fazer pelos nordestinos?
Acabar com a discriminação, que é muito grande. Eu sei que o lance da constituição civil, lei trabalhista... A gente tem uma porrada de coisa que... de cabeça assim é complicado pra te falar. Mas tá tudo no papel, e tá beleza. Tenho certeza de que vai dar certo.
Quem financia a sua campanha?
Então... o partido entrou com essa ajuda aí... e eu achei legal.
Você tem ideia de quanto custa a campanha?
Cara, não tá sendo barata.
Mas você não tem ideia?
Não tenho ideia, não.
Na propaganda eleitoral você diz que não sabe o que faz um deputado. É verdade ou é piada?
Como é o Tiririca, é uma piada, né, cara? 'Também não sei, mas vote em mim que eu vou dizer'. Tipo assim. Eu fiz mais na piada, mais no coisa... porque é esse lance mesmo do Tiririca.
Mas o Francisco sabe o que faz um deputado?
Com certeza, bicho. Entrei nessa, estudei para esse lance, conversei muito com a minha mãe. Eu sei que elabora as leis e faz vários projetos acontecer, né?
O que você conhece sobre a atividade de deputado?
Pra te falar a verdade, não conheço nada. Mas tando lá vou passar a conhecer.
Até agora você não sabe nada sobre a Câmara?
Não, nada.
Quem são os seus assessores?
Nós estamos com, com, com.... a Daniele.... Daniela. Ela faz parte da assessoria, junto com.... Maionese, né? Carla... É uma equipe grande pra caramba.
Mas quem te assessora na parte legislativa?
É pessoal do Manieri.
Quem é o Manieri?
É... A, a, a.... a Dani é que pode te explicar direitinho. Ela que trabalha com ele. Pode te explicar o que é.
Por que seu slogan é 'pior que tá, não fica?
Eu acho que pior que tá, não vai ficar. Não tem condições. Vamos ver se, com os artistas entrando, vai dar uma mudança. Se Deus quiser, pra melhor.
Esse slogan é um deboche, uma piada?
Não. É a realidade. Pior do que tá não fica.
Você pretende se vestir de Tiririca na Câmara?
Não, de maneira alguma.
Quem é o seu espelho na política?
Pra te falar a verdade, não tenho. Respeito muito o Lula pelo que ele fez pelo nosso país. Ele pegou o país arrasado e melhorou pra caramba.
Fora ele...
Quem ele indicar, eu acredito muito. Vai continuar o trabalho que ele deixou aí.
Então você vota na Dilma.
Com certeza. A gente vai apoiar a Dilma. Ele tá apoiando e a gente vai nessa.
Não teme ser tratado com deboche?
Não, cara. Não temo nada disso. Tô entrando de cabeça, de coração. Tô querendo fazer alguma coisa. Mesmo porque eu sou bem resolvido na minha profissão. Tenho um contrato de quatro anos com a Record. Tenho minha vida feita, graças a Deus. Tem gente que aceita, mas a rejeição é muito pouca.
Se for eleito, vai continuar na TV?
Com certeza, é o meu trabalho. Vou conciliar os dois empregos.
Em quem votou para deputado na última eleição?
Pra te falar a verdade, eu nunca votei. Sempre justifiquei meu voto.