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28 agosto, 2011

sobre a ontologia do meu ser...


De tudo aquilo que sou
há aquilo que sou e sei
há o que sou e não sei
há o que sou e gosto
há o que nunca serei
De tudo aquilo que quero
O que não quero é o que mais quero
Do que deveria querer, não quero
Enquanto...

Do que sou, nem tudo aparece, apareço
escondido de mim, ou escondo de mim
aquilo que não quero, ou não mereço
O que sou ninguém vê
e o que sempre irão querer de mim
não serei
mas o que não serei também está em mim
mas não só, mas não tanto...

O que importa querer?
O que se vê sem ser
o que não se vê e é?
ou o uqe é ainda mais profundo
aquilo que não se sabe, não se vê, mas se quer
e ao querer parece ver
escolher o que ver
se enganar, escolher
mas não só, mas não tanto...

De tudo isso o que sobra?
Aquilo que se quis ver no outro
aquilo que se quis ver em si?
aquilo que se viu, era?
o mais triste é que ao ver
o visto é criação de quem vê
e nem sempre está no que é visto
mas nem sempre, mas nem tanto...

Cria-se o que é o outro, naquilo que o outro é
mas por não ser sempre, nem ser tanto, decepciona
decepciona aquele que criou
mas se criou como se decepciona com a cria?
o que se queria ver, e se viu,
não era o outro,
não é o que o outro é
não que é o outro
que é, mas nem sempre, mas nem tanto...

Como parar de ver?
Como parar de parecer?
Criar o que se quer ver no outro é morrer
mas nem sempre, mas nem tanto...(EB)

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