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30 março, 2009

Para que filosofia?

Antes de mais nada, em relação à pergunta acima: Mais importante que aprender FILOSOFIA - leia-se, História da filosofia -, há que se aprender a FILOSOFAR.
Estou escrevendo um texto sobre o tema e ao fazer minhas pesquisas fiquei impressionada com a quantidade desse tipo de questão na internet...o que seria muito bom, não fosse a qualidade das argumentações...

De volta aos velhos e bons livros...

sobre as notícias iniciais da semana...

...uma biografia do falecido Heath Ledger - alçado a eterno Coringa - me faz pensar sobre tantas pessoas que realmente mereceriam tal honraria e que sequer serão lembradas, simplesmente pelo fato de que suas ações não se dão na glamourosa e superfual hollywood...

... a discussão sobre expulsar ou não um aluno que levou uma arma pra escola em São Paulo - cuja mensalidade é de R$1.700,0 - e a cara de pau de seus pais que disseram que "nem se lembravam que tinham uma arma em casa" me faz pensar no que aconteceria se a mesma situação tivesse ocorrido em uma escola qualquer da periferia de qualquer grande cidade - e ter a quase certeza de que o fato só se tornaria notícia se a arma tivesse sido disparada contra alunos e professores

...um judeu que escreveu sobre coisas engraçadas e ridículas da Bíblia - mas diz que quem não a leu é "cego" - e diz que é melhor ler o seu livro, "que é bem menor do que a Bíblia", me sugere que o mais fácil e mais palatável é o que deve ser seguido...como se algum texto "fácil" mudasse a vida de alguém.

...a Dona da Daslu ter sido sentenciada a mais anos de prisão que o Marcola - líder do PCC - e todo mundo achar isso um absurdo...então não seria o caso de aumentar a pena do Marcola? Ah, e ela só passou uma noite na cadeia, o habeas corpus já a livrou de ter que passar os dias presa enquanto recorre da decisão...enquanto isso ela paga milhões para um dúzia de advogados justificar o injustificável.

...novo estudo diz que a carne vermelha não deve ser cortada da alimentação - contrariando os trezentos estudos que dizem o contrário - mas que deve ser consumida com moderação. Ora, Platão já sugeria tal moderação, e seu discípulo Aristóteles propunha a justa medida...alguma novidade?

...um conselheiro do tribunal de contas do rio de janeiro comprou uma casa por R$ 163 mil mas a casa vale R$ 1,5 milhão...a desculpa dele é que ele diz ser bom em investimento...vai ser bom assim na resolução dos problemas do Rio!!

Todas

as paciências raras

as ansiedades postas

os medos fortes

as coragens grossas

as verdades escuras

as mentiras laicas

as vontades loucas

as vidas mortas

24 março, 2009

Sobre a ditadura...

Branda ou dura? Ditadura

24/03/2009 11:42:14

Emiliano José "... Mas, se as chamadas “ditabrandas” – caso do Brasil entre 1964 e 1985 – partiam de uma ruptura institucional e depois preservavam ou instituíam formas controladas de disputa política e acesso à Justiça – o novo autoritarismo latino – americano, inaugurado por Alberto Fujimori, no Peru, faz o caminho inverso. O líder eleito mina as instituições e os controles democráticos por dentro, paulatinamente". (Editorial da Folha de S. Paulo, de 27/02/2009).

Esse parágrafo do editorial Limites a Chávez desnuda qualquer pretensão crítica de Folha de S. Paulo à ditadura militar. Constituiu uma impressionante defesa do golpe militar de 1964. Vamos dar uma olhadinha apenas nele, nesse parágrafo, para que depois entremos com mais rigor no assunto. Primeiro, a Folha diz que não havia golpe. Havia apenas uma simples “ruptura institucional”. Não houve tanques nas ruas, não houve prisões, não houve torturas. Nada.

E na sequência, depois dessa quase angelical ruptura institucional, a ditabranda - o neologismo cunhado pela Folha para definir a ditadura militar – preservou a disputa política na sociedade brasileira, certamente em moldes civilizados, como está quase explícito no texto. A ditabranda, que os leitores desculpem o uso abusivo do termo, depois da ruptura institucional – outra vez peço desculpas – preservou ou instituiu “ formas controladas de disputa política e acesso à justiça”. É, na opinião da Folha, foi apenas isso.

A ditadura garantia não só a disputa política como também acesso à justiça. Diabo é o Chávez que, em 10 anos de poder, disputou 15 eleições, venceu 14, e em todas elas experimentou a presença rigorosa de observadores internacionais. Seguramente não foi esta a ditadura que eu vi, que a sociedade brasileira viu.

"... A via-crucis de Eduardo Collen Leite – Bacuri – durou 109 dias. Foi preso no dia 21 de agosto de 1970, no Rio de Janeiro, pela equipe do delegado Sérgio Fleury, e conduzido a um centro clandestino de tortura em São Conrado. Foi interrogado e torturado em muitos locais no Rio e em São Paulo. Após ser retirado do X-1 do Deops/SP, nunca mais foi visto por ninguém, a não ser por seus algozes. No dia 08 de dezembro de 1970, o corpo de Bacuri foi encontrado nas imediações de São Sebastião, litoral norte do Estado de São Paulo. Seu corpo foi encontrado apresentando hematomas, escoriações, cortes profundos, queimaduras, dentes arrancados, e olhos vazados". ( Dos filhos deste solo: Mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar: a responsabilidade do Estado, de Nilmário Miranda e Carlos Tibúrcio).

Não houve a singeleza da ruptura institucional, que só a Folha e a direita brasileira viram. Houve um golpe violento. Sem exagero, regado a sangue. Sangue de brasileiros e brasileiras. Um golpe que usou e abusou da tortura. Que matou covardemente centenas de opositores. Matou quase invariavelmente na tortura. Que prendeu, perseguiu, humilhou, maltratou milhares de pessoas. Que fez desaparecer pessoas. Que seviciou mulheres e crianças. E sempre fez isso à custa do sacrifício da liberdade, inclusive a de imprensa, que, parece, a Folha não viu ou não quis ver. Por que a Folha, então, designa uma ditadura tão violenta, tão sanguinária, de ditabranda?

Uma ditadura que teve à frente generais tão cruéis como Castello Branco, Costa e Silva, como Garrastazu Médici, como Ernesto Geisel, pode ser tida como branda? Uma ditadura que criou monstros como Doi-Codis, como a Operação Bandeirantes, como o CENIMAR, como o Deops/SP, essa infernal máquina repressiva, de tortura, pode ser anistiada assim, como o fez a Folha? Uma ditadura que se vale de um Fleury, de um Ustra, pode ser tida, dita como branda? Só pela Folha mesmo!

"... Lamarca se levantou e tentou se afastar. No mesmo instante, uma rajada de metralhadora, disparada por Dalmar Caribé, atingiu-o pelas costas. Caiu imobilizado pelo impacto de três tiros – nas nádegas, na mão direita e no ombro esquerdo. Deitado estava, deitado ficou, sem tempo de usar o Smith Wesson e o Taurus 38. Ainda estava vivo quando recebeu mais quatro tiros, a curta distância, três deles no peito e um último a queima roupa no coração". (Do livro Lamarca, o Capitão da Guerrilha, de Emiliano José e Oldack de Miranda).

Costumo dizer que, salvo as sempre honrosas exceções, a imprensa brasileira não pode contar sua própria história. Infelizmente, sempre ficou ao lado das ditaduras e contra quaisquer governos democráticos e reformistas. O grupo Folha foi um aliado da ditadura. Por isso essa posição, a que “deixa escapar” o termo ditabranda não deveria surpreender ninguém. O neologismo ditabranda não é um simples ato falho.

Corresponde à história do grupo. Há um livro precioso de Beatriz Kushnir - Cães de Guarda - que deveria ser leitura obrigatória das escolas de jornalismo e de quem pretenda conhecer uma parte considerável da história de jornalismo sob a ditadura, de modo especial a história do grupo Folha. Por ele se compreenderá a gênese da ditabranda, se esclarecerá o quanto de cumplicidade houve entre a ditadura e o grupo Folha. Não falo mais para não prejudicar a leitura.

A Folha, depois de receber uma saraivada de críticas de leitores indignados com o editorial, fez um primor de Nota de Redação. Disse que “na comparação com outros regimes instalados na região no período, a ditadura brasileira apresentou níveis baixos de violência política e institucional”. Decididamente, o jornal podia ser um pouco mais zeloso, ter um mínimo de respeito com os leitores, consideração com a inteligência dos brasileiros. Será que a Folha, ao fazer sua macabra contabilidade – quantos mortos pela ditadura brasileira, quantos pela ditadura Argentina, por exemplo – queria dizer que se a ditadura brasileira matou “só” algumas centenas de pe ssoas, torturou “apenas” alguns milhares de brasileiros, foi mais branda porque “afinal” podia ter matado e torturado muito mais?

O editorial, para além dos equívocos históricos e conceituais quanto a Hugo Chávez, constitui uma afronta à sociedade brasileira e uma atitude de escárnio face a milhares de familiares de pessoas presas, torturadas, mortas, mutiladas, desaparecidas por conta da ação da ditadura quem em momento algum foi branda, insista-se.

Para aumentar o desastre, a Folha desqualificou a crítica, tentando diminuir os professores Fábio Konder Comparato e Maria Victoria Benevides, que se insurgiram corretamente contra o editorial. Lamentável.

E é sintomático que o editorial de defesa da ditadura apareça no momento em que o Brasil discute a punição dos torturadores. Muito sintomático. A existência rotineira de tortura por si só é a negação de qualquer brandura. Ditadura, nunca mais!

"... Assim que começou a atravessar a rua em direção ao carro, estalou a fuzilaria. Não se sabia de onde exatamente vinham os tiros, porque vinham de todas as direções. O primeiro perfurou-lhe as nádegas, entrando pelo lado direito e saindo pelo esquerdo. O segundo atingiu-o na região pélvica, a bala se alojando no arco pubiano. O terceiro atingiu-o de raspão, no queixo. E um quarto tiro fraturou-lhe uma costela e perfurou a aorta e o pulmão. Carlos Marighella, o inimigo número um da ditadura, estava morto" (Carlos Marighella, o inimigo número um da ditadura militar, de Emiliano José).

05 março, 2009

sobre a homossexualidade

Sempre que eu vou dar aula sobre natureza humana volta o tema sobre a homossexualidade, e

acho incrível como ainda tem gente que acha que é doença...bem pra quem ainda acha...

Revista superinteressante

Homossexualidade é doença?

Não. A comunidade médica é unânime ao afirmar que nenhuma orientação sexual é doença. Em 1973, a Associação Americana de Psiquiatria retirou a palavra da lista de transtornos mentais ou emocionais e a decisão foi seguida por todas as entidades de psicologia e psiquiatria no mundo.

Mas a questão voltou à tona nos últimos meses por causa de um projeto de lei - inédito no mundo - que está tramitando na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. O deputado estadual e pastor evangélico Édino Fonseca (PSC) propõe que verbas públicas sejam usadas no tratamento de pessoas que "voluntariamente optarem por deixar a homossexualidade". No caso de menores, os pais poderão escolher se a criança ou o adolescente deve passar pelo tratamento. Para Édino, a homossexualidade é um distúrbio psicológico. "O tratamento vai desfazer os bloqueios que levaram aquela pessoa à homossexualidade", diz.

Apesar de o Conselho Federal de Psicologia pedir que psicólogos não colaborem com serviços que propõem uma "cura" da homossexualidade, o projeto já foi aprovado por três Comissões da Assembléia (Constituição e Justiça, Saúde e Combate à Discriminação) e está causando polêmica. Alguns o acusam de ser inconstitucional. "Se garante auxílio para um homossexual que queira ser heterossexual, e não para um heterossexual que queria ser homossexual, ele é discriminatório", diz o deputado Carlos Minc (PT). Outros o acusam de ser impertinente. "A origem da homossexualidade está em um somatório de fatores, mas ninguém sabe a causa", diz Carmita Abdo, responsável pelo Projeto de Sexualidade da USP. Se ninguém sabe a causa, como é possível um tratamento contra "bloqueios psicológicos" ser eficiente? E muita gente acusa o projeto de ser retrógrado. Afinal, soluções mágicas para combater a homossexualidade não são nenhuma novidade (veja arco-íris abaixo). "Mais importante que considerar a homossexualidade um problema psicológico, passível de ser tratado, é educar a população para respeitar as individualidades. Diferenças não são escolhas, e sim tendências que fazem parte da natureza da pessoas", diz Carmita.

04 março, 2009

Recebi essa mensagem do amigo Israel e tive que para o que estava fazendo para vir aqui e postar essa mensagem. Desumano, absurdo, sádico...Até onde chegaremos em noma da "arte'?

Estou, decididamente, sem palavras...
Segue a mensagem recebida:

Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede.

Durante vários dias, tanto o autor de semelhante crueldade, como os visitantes da galeria de arte presenciaram impassíveis à agonia do pobre animal.

Até que finalmente morreu de inanição, seguramente depois de ter passado por um doloroso, absurdo e incompreensível calvário.


parece-te forte?

Pois isso não é tudo: a prestigiosa Bienal Centroamericana de Arte decidiu, incompreensivelment e, que a selvajaria que acabava de ser cometida por tal sujeito era arte, e deste modo tão incompreensível Guillermo Vargas Habacuc foi convidado a repetir a sua cruel acção na dita Bienal em 2009.
Facto que podemos tentar impedir, colaborando com a assinatura nesta petição :


<http://www.petition online.com/ 13031953/ petition. html>


(não tem que se pagar, nem registar) para enviar a petição, de
modo que este homem não seja felicitado nem chamado de 'artista' por tão cruel
acto, por semelhante insensibilidade e desfrute com a dor
alheia

Para ver a cara do "artista" e o pobre cachorro:
http://www.youtube.com/watch?v=uw4ujhvnNzc


03 março, 2009

Milk, ou sobre a importância da Liberdade

CONTARDO CALLIGARIS

"Milk", o preço da liberdade

Para continuarmos livres, é preciso defender a liberdade do vizinho como se fosse a nossa

ASSISTINDO a "Milk - A Voz da Igualdade", de Gus Van Sant (extraordinário Sean Penn no papel de Harvey Milk), lembrei-me de um e-mail que recebi em abril de 2008. Era uma circular de www.boxturtlebullet in.com (um site sobre os direitos das minorias sexuais), que "comemorava" os 55 anos de um evento sinistro: em 1953, Dwight Eisenhower, presidente dos EUA, assinou um decreto pelo qual seriam despedidos todos os funcionários federais que fossem culpados de "perversão sexual". Essa lei permaneceu em vigor durante mais de 20 anos: milhares de americanos perderam seus empregos por causa de sua orientação sexual.

Fato frequentemente esquecido (um pouco como foi esquecida, durante décadas, a perseguição dos homossexuais pelo nazismo), nos anos 50, no discurso do senador McCarthy, a caça às bruxas "comunistas" se confundia com a caça às bruxas homossexuais. Por exemplo, uma carta do secretário nacional do Partido Republicano (citada na circular) dizia: "Talvez tão perigosos quanto os comunistas propriamente ditos são os pervertidos escusos que infiltraram nosso governo nos últimos anos". Essa não era uma posição extrema: na época, a revista "Time" defendeu o projeto de despedir todos os homossexuais que trabalhassem para o governo federal.
É nesse clima que, nos anos 70, em San Francisco, Milk se tornou o primeiro homossexual assumido a ser eleito para um cargo público.

Poderia escrever sobre as razões que, quase invariavelmente, levam alguém a querer esmagar a liberdade de seus semelhantes. O segredo (de polichinelo) é que muitos preferem odiar nos outros alguma coisa que eles não querem reconhecer e odiar neles mesmos. E poderia contar a história de Roy Cohn, braço direito de McCarthy, que morreu, em 1984, odiando e escondendo sua homossexualidade e gritando ao mundo que a causa de sua morte não era a Aids (ele foi imortalizado por Al Pacino na peça e no filme "Anjos na América", de Tony Kushner).

Mas, depois de assistir a "Milk", estou a fim de festejar o caminho percorrido em apenas meio século: o mundo é, hoje, um lugar mais habitável do que 50 anos atrás. Aconteceu graças a milhares de Harvey Milks e a milhões de outros que não precisaram ser nem homossexuais nem comunistas nem coisa que valesse: eles apenas descobriram que só é possível proteger a liberdade da gente se entendermos que, para isso, é necessário defender a liberdade de nosso vizinho como se fosse a nossa. Nos anos 70, quase decorei a carta aberta que James Baldwin (escritor, negro e homossexual) endereçou a Angela Davis (jovem filósofa, negra e militante), quando ela estava sendo processada por um assassinato que não cometera, e o risco era grande que o processo acabasse em uma condenação "exemplar". Baldwin lembrava as diferenças de história, engajamento e pensamento entre ele e Davis, para concluir: "Devemos lutar pela tua vida como se fosse a nossa - ela é a nossa, aliás - e obstruir com nossos corpos o corredor que leva à câmara de gás. Porque, se eles te pegarem de manhã, voltarão para nós naquela mesma noite".
Os direitos fundamentais não são direitos de grupo, eles valem para cada indivíduo singularmente, um a um. É óbvio que grupos particulares (constituídos por raça, orientação sexual, ideologia, etnia etc.) podem e devem militar coletivamente pelos direitos de seus membros, mas, em uma sociedade de indivíduos, a liberdade de cada um, por "diferente" que ele seja, é condição da liberdade de todos. Por quê?

Simples: se meu vizinho, sem violar as leis básicas da cidade, for impedido de ter a vida concreta que ele quer, então meu jeito de viver poderá ser tolerado ou até permitido, mas ele não será nunca mais propriamente meu direito. "Milk" é um filme sobre um momento crucial na história das liberdades, mas não é um filme "arqueológico" . A gente sai do cinema com a sensação renovada de que a militância libertária ainda é a grande exigência do dia. Ótimo assim.

Um amigo me disse recentemente que eu dou uma importância excessiva à contracultura dos anos 60/70. Acho, de fato, que ela foi a única revolução do século 20 que deu certo e, ao dar certo, melhorou a vida concreta de muitos, se não de todos. Acho também que suas conquistas só se mantêm pelo esforço cotidiano de muitos. Afinal (quem viu o filme entenderá), surge uma Anita Bryant a cada dia

02 março, 2009

sobre a impossibilidade de sobreviver perto de uma TV

Cansada da mediocridade, cansada de ver porcaria na TV- que não pode simplesmente ser desligada, há que se respeitar as pessoas ao nosso redor - mas sem nunca parar de reclamar. BBB?
Grande B mesmo...será que as pessoas AINDA acreditam mesmo que nada daquilo é armado? Será possível tamanha ignorância? Desculpem-me, mas não aguento mais calar diante de tamanha imbecilidade!!