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07 junho, 2009

"Porque eu sonho, eu não sou"


Centro Cultural Banco do Nordeste - Filosofia

A Positividade do Mal: Uma Conversa com Schopenhauer
Dia 06, sábado, 16h

Expositor: Ruy de Carvalho, professor de Filosofia da Universidade Estadual do Ceará (UECE)

Uma conversa sobre a hipótese de Schopenhauer (1788-1860) de que são a maldade, o mal e a morte que, qualificando o assombro que nos leva a filosofar, constituem o punctum pruriens (ponto incômodo) da metafísica; de que o que nos espanta não é tanto que o mundo exista, mas que ele seja tão triste; que o mal seja primeiro e que o bem segundo; que nosso sofrimento não possa ser eliminado nem pelo idealismo, nem pelo ceticismo, nem pelo criticismo, nem...
Nesta edição do programa Conversas Filosóficas, convidamos você a analisar conosco a questão da filosofia e do mal, a partir da proposta filosófica de Schopenhauer. 240min.




Antes da sempre bem vinda fala do Ruy, o filme Leolo foi exibido. Acredito ter visto este filme em 1999, ano em que fui aluna do Ruy e suas indicações artísticas e filosóficas me estimularam muito. 10 anos depois, revi o filme que, lembro, havia me tocado profundamente. Novamente me deixei levar pela escatologia explícita e pela comédia da tragédia do filme. Como disse o Ruy, toda comédia é apenas uma tragédia que terminou antes. Eu sempre fui muito cética quanto aos finais felizes e me lembro quando, ainda criança, assistia os finais felizes das novelas e perguntava o que aconteceria se as cenas continuassem...os casamentos acabariam, os filhos desdenhariam seus pais, as viagens dariam lugar à rotina e tudo iria se decompor, entrar em estado de putrefação. Diziam que eu era louca, talvez eu fosse, mas quem nunca olhou algo perfeito e lindo e se lembrou que somente as flores de plático by hong kong não morrem? Eu gostaria que não fosse assim, de verdade.

Fica a sugestão de um filme maravilhoso, inquietante e angustiante sobre, mais que a loucura interna de uma família, a loucura externa e que perpassa todos da alienação a que a classe operária tem que se submeter para poder "sobreviver". Como em Leolo, talvez o que valha a pena é tentar a remissão dos pecados na escrita ou nos sonhos. Ou mesmo na loucura.

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