Filmes sobre relações familiares
sempre me tocam muito, especialmente quando envolvem distanciamentos que se
justificam em dores, raiva ou orgulho. Se for um filme com trilha sonora do
Rei, fica ainda mais difícil não se emocionar.
Fui ver “À beira do caminho”, de
Breno Silveira, com o sempre fantástico João Miguel (me lembro do impacto que
ele me causou em Cinema, aspirinas e urubus). A história cheia de sutilezas vai
se desenrolando em flash back enquanto o caminhoneiro cruza o país pelas
estradas, substituindo à contragosto sua quase teimosa solidão pela presença de
um menino que mudaria sua vida ao buscar pelo pai desconhecido depois da morte
da mãe. A figura sisuda e desgrenhada do João atual é oposta àquela do sorriso aberto
e dos olhos brilhantes, figura simpática e alegre contrastando com a tristeza
da perda e do afastamento... Perdi as contas das vezes que chorei ao longo do
filme, especialmente embalado pelas músicas de Roberto Carlos. Ao final, a
sensação de que eu viverei eternamente com saudades...
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