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28 setembro, 2009

Blog do Shakespeare


QUARTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 2009

UM TOQUE EM 140.

Assim como muitos de vocês, tive certa dificuldade de entender e usar o Twitter. Entrei para a rede dos microblogs mais ou menos como todo mundo, meio que pela pressão coletiva, para não ficar de fora. No início, eu estava bem idiota. Imagine que eu respondia à pergunta proposta pela página: o que você está fazendo? Cheguei a perder uma namorada porque, certa feita, respondi “sexo” em vez de “amor”. É como eu sempre digo: fragilidade, o teu nome é mulher!


Agora virei um entusiasta do Twitter. Quero apostar no formato. O blog vai morrer – ainda estou aqui porque sou um clássico. Minha adaptação não está fácil. Nem todos os meus escritos se comportam bem em 140 toques. Porém, não vejo outra saída para continuar a atrair leitores, ou melhor, seguidores. Alguns amigos me aconselham a colocar links nos meus posts, no Twitter, que remetam a sites em que os leitores possam desfrutar meus textos na sua forma integral. Não é o que me interessa. O legal mesmo é ser um tuiteiro nativo, um autor que usa e fomenta o gênero. Vivem tentando me modernizar. Por que não posso eu mesmo fazer isso? Depois de muitos cortes, muita edição, consegui verter quatro de minhas principais obras para o formato minipost. Agora, elas podem ser lidas com a mesma velocidade com que serão esquecidas. Vejam o que vocês acham:



Reconheço que a narrativa fica um pouco prejudicada, que houve certa perda nos diálogos, mas pensem na enorme quantidade de pessoas que antes se sentiam humilhadas por não ter lido Shakespeare. Soltando um post por dia, em poucas semanas, o pessoal terá lido minhas obras completas.

Blog do Descartes


QUINTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2009

MAKING OF FILOSÓFICO

Não é fácil chegar a uma frase lapidar. Como a própria expressão informa,
é preciso esculpir muito as palavras até o resultado desejado. Para ficar claro
que esse negócio de cunhar frases que modificam a humanidade não é a uma coisa
simples de se chegar, tipo dois palitos, resolvi mostrar os estudos que me levaram
à frase que me notabilizou.

Hoje, até filosofia tem making of. Espero que isso sirva de inspiração para que você também registre seus pensamentos e ideias com afinco. No fundo, é um processo
simples: basta escrever e escrever várias páginas, depois escolher a melhor frase.
E o resto você descartes, como diria o meu amigo e grande filósofo Mussum.


Parte do Blog do além do Napoleão

...
Estou contando tudo isso sem nenhuma intenção de me enaltecer.
Ao contrário: Waterloo, que eu nem quero comentar, baixou a minha bola. Tudo o que relatei aqui são feitos pequenos comparados aos de José Sarney. Vejam: para distribuir cargos entre parentes, amigos e aliados, tive que enfrentar inúmeras batalhas sangrentas, sacrificar vidas, erguer um império e constituir uma monarquia pessoal. O Sarney, não. O homem não precisa de nada disso. Ele faz o que faz dentro de uma democracia, sem ocupar o posto mais alto da REpública, independentemente de quem esteja no poder. Esse é craque. Para ele, eu tiro a minha coroa.

Sobre o blog

Sobre o blog Este blog é um divã eletrônico para mim. Portanto, fique livre para não comentar nada, cobrar-me caro e não me dar recibo.

Adorei esta interpretação dos sonhos

QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2008

EU EXPLICO

Fiz este blog para atualizar e divulgar alguns dos meus conceitos. De tanto todo mundo dizer “Freud explica”, resolvi explicar mesmo. Verti tudo para uma linguagem mais jovem e acessível.

Inveja do pênis.

Inveja do pênis é o que você sente quando vê a Angelina Jolie seminua. Você sente a maior inveja do pênis do Brad Pitt. E mais: fica com vontade de regredir naqueles melões e voltar à fase oral, grudando-se nos lábios carnudos dela – o que causa recalque profundo. A psicanálise pode ajudar a curar esse recalque em alguns anos. Mas a masturbação, sem ser mental, é mais eficiente.

Para divulgar esses conceitos, um amigo me recomendou uma agência de publicidade. Eles criaram o seguinte adesivo para carros: “Não inveje meu pênis: xaveque”.

Complexo de Édipo.

Exemplo prático: Amalie Nathanson, minha mamãe, pretendia que eu fosse advogado. Mas eu tinha outros planos: queria ser marido dela. Meu pai me disse que iria furar os meus olhos se eu insistisse nessa idéia, e aí sosseguei. Lamento o fato de mamãe (linda) não ter vivido o suficiente para ter me visto consagrado como o papai da psicanálise.

Inconsciente.

Nosso corpo é como um carro flex movido por dois combustíveis: inconsciente e consciente. Em geral, o primeiro está mais barato, e a loja de conveniências do posto de abastecimento está sempre fechada.

As piadas e sua relação com o inconsciente.

Paciente:
– Doutor, vou lhe contar um segredo: eu sou um galo!
O psiquiatra resolve aprofundar a anamnésia:
– E desde quando o senhor acha que é um galo?
Paciente:
– Ah, desde que eu era um pintinho.

Toda piada se estrutura por meio da condensação, do deslocamento e da representação indireta. Ou seja, o autor desse chiste tem pênis diminuto.

Interpretação dos sonhos.

Quando você chegar à padoca, olhe para a cara dele. Se o creme estiver num amarelo homogêneo e o açúcar espalhado uniformemente pela superfície, pode levar que está novinho

Música de Caetano Veloso: Lobão tem razão

Lobão tem razão
irmão meu Lobão
chega de verdade
é o que a mulher diz
tou tão infeliz
um crucificado deitado ao lado
os nervos tremem no chão do quarto
por onde o semen se espalhou

o mundo acabou
mas elas virão
e nos salvarão
a ambos nós dois
o medo já foi
o homem é o próprio Lobão do homem
ela só vem quando os mortos somem
ela que quase nos matou

chove devagar
sobre o Redentor
se ela me chamar
agora
eu vou

mais vale um Lobão
do que um leão
meto um sincerão
e nada se dá
o rock acertou
quando você tocou com sua banda
e tamborim na escola de samba
e falou mal do seu amor

chove devagar
cobre o Redentor
se ela me chamar
agora
eu vou

Blogs do Além

Encontrei na Carta Capital os blogs do Além! São vários blogs de personalidades que já morreram, e não podia deixar de colocar aqui o do Platão...


TERÇA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2009

NOVOS DIÁLOGOS

Não gosto muito de festa de réveillon. Sempre me escondo na minha caverna durante a passagem de ano. Dessa vez não foi diferente: fiquei no meu cafofo vendo o capítulo de A Favorita, prestando muita atenção aos diálogos. Aproveitei também para aprimorar os ensinamentos que recebi de Sócrates. Treinei muito com a parede o meu passe de calcanhar. Comi um “platão” (deixe-me que eu me divirta com o meu nome) de lentilha. À meia-noite, pude observar, sem prazer, a queima de fogos na Faixa de Gaza. Mas o motivo mesmo do meu recolhimento foi a minha paixão platônica por Carla Bruni. Até hoje não sei se ela é conceito ou realidade. Se pudesse tocá-la, eu elucidaria essa questão. Pensei até no que diria para o Nicolas (nanico, em grego) liberar a sua amada para viver um período como minha mulher de Atenas. Argumentaria que meu interesse seria puramente filosófico. Que desejo Carla enquanto ser. Meu estudo teria um cunho ontológico (na verdade, seria antológico). Diria que preciso muito dela para reescrever uma das obras fundamentais da filosofia ocidental: O Banquete de Platão. E que, no tempo livre, ela poderia visitar instituições de caridade, abraçar crianças pobres e freqüentar a minha academia. Quanto à Sarkozy, valorizaria o seu gesto de renúncia do indivíduo em prol da comunidade – no caso eu – e, com ela aos meus braços, jogaria para o alto a filosofia. Ficaria acorrentado a ela, em minha caverna, olhando a projeção de nossa dança na parede. E, assim, a humanidade ganharia mais um diálogo de Platão:
– Platão?
– Sim?
– A minha intenção é perguntar-lhe qual é a virtude própria da sua arte, e que arte é essa que professa e que ensina.
– Pelo amor de Zeus, Carla, papo cabeça a essa hora? Vá despindo a sua metafísica e depois a gente conversa.

27 setembro, 2009

Os dez piores filmes da década - E eu não assisti a nenhum! :)

Dupla Explosiva , estrelado por Antonio Banderas e Lucy Liu, foi eleito pelo site norte-americano Rottentomatoes o pior filme da última década, a partir de 2000. A escolha da lista, que traz 100 produções, foi feita com base em críticas de jornais, sites e revistas quando os longas foram lançados. No segundo lugar, temos o terror Uma Chamada Perdida , dirigido por Eric Valette. Logo em seguida, a adaptação do clássico infantil Pinóqio , de Roberto Benigni. Já na quarta posição, aparece Um Milionário em Apuros . Confira os 10 piores filmes: 1º - Dupla Explosiva 2º - Uma Chamada Perdida 3º - Pinóqio 4º - Um Milionário em Apuros 5º - Os Pilantras 6º - Bebês Geniais 2 7º - Strange Wilderness 8º - Na Terceira Dança 9º - Velocidade sem Limites 10º - Witless Protection

20 setembro, 2009

Anticristo - Lars Van Trier, ou o Caos reina


Ainda estou chocada. Sai do cinema ha mais de uma hora e continuo sem saber ao certo explicar o que senti. Terror, provavelmente esta seja a palavra que mais demonstraria o que sinto agora.E medo e angústia e ansiedade e tristeza também. Terror, como gênero cinematográfco, não dá conta desta obra do Triers. O filme mais chocante do ano, sem dúvida, um dos mais chocantes de todos os tempos, também.

Li que ele estava com depressão pelo fracasso de Manderlay e para poder superar tal crise começou a escrever despretenciosamente este roteiro. Imagino se ele decidisse pretenciosamente escrever uma obra-prima. Não gosto de violência barata, não suporto mais filmes que tentam chocar através de cenas meticulosamente planejadas. Me pareceu que nada foi feito de maneira meticulosa no filme, algumas cenas são cortadas abruptamente, outras aparecem e somem, animais falam, a natureza fala, as personagens falam, mas nada parece fazer sentido, e o final do filme mostra como nem tudo precisa fazer sentido. Às vezes, é simplesmente o mal em si mesmo.

Não vou fazer aqui uma resenha do filme, existem várias por ai na net, mas várias coisas me chamaram a atenção. Eu gosto do estilo do Triers, aqui ele mantêm as divisões em capítulos, as imagens em câmera lenta, as iniciais e finais em branco-e-preto com uma bela e angustiante ópera de Handel ao fundo, acompanhando cada cena bem ao estilo do Kubrick. Aliás, algumas tomadas me fizeram lembrar de O Iluminado, um clássico e dos melhores filmes que já vi. A tomada inicial é bela e angustiante ao mesmo tempo, e mesmo sabendo o que aconteceria-está em qualquer resenha- a angústia se dobra às belas imagens dos pingos d'água definidos batendo nos corpos de ambos.

Muita gente vai dizer que a violência no filme é gratuita. Não concordo. Acostumados que estamos com cenas ao estilo de Jogos mortais, não nos incomodamos tanto quando tiros são dados à queima-roupa e corpos são mutilados pelas próprias pessoas. Não nos incomodamos pela inverossimilhança. É tão absurdo que não nos toca tanto, Mas o Anticristo toca, exatamente por sabermos o que pessoas com mentes perturbadas podem fazer. Parece real demais para simplesmente ignorarmos, sairmos do cinema em direção à nossa casa e nos deitarmos e dormirmos. Até o sexo perderia totalmente o sentido nessa hora, duvido que alguém conseguisse sair do cinema e pensar nisso.

Várias pessoas sairam na metade do filme, outras tantas reclamaram do tempo perdido ao final do filme, e eu realmente sinto por elas. De difícil entendimento - o que faz ali um lobo falando que o caos reina? - o menos importante, ao meu ver, é entender. Como em um sonho, as coisas não fazem sentido, ou fazem e nós é que não percebemos - sendo aqui bem freudiana. Então, por que ver um filme como esse, que nos assusta, nos dá medo, mostra o terror que pode existir dentro de cada um? Por que, às vezes, encarar nossos medos seja a melhor maneira de suportá-los...


15 setembro, 2009

Coragem...

Você se considera uma pessoa de coragem?

E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?

Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.

E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.

Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.

Eis aqui alguns exemplos:

É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.

É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.

É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.

É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.

É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.

É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.

É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.

É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.

É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.

É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.

É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.

É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.

É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.

É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.

Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer-se a si mesmo.

Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.

***

A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar apesar das decepções e desencantos revela o legítimo homem de valor.

Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total.

Fonte: Momento reflexão

13 setembro, 2009

um pouco mais do Museu da Língua portuguesa

Este poema do Gregório é representado por um rapper e, apesar da longa distância histórica que os separa, me pareceu recém escrito. Fantástico


Epigrama

Gregório de Mattos e Guerra


I

Juízo anatômico dos achaques que padecia o corpo da República em todos os membros, e inteira definição do que em todos os tempos é a Bahia.

Que falta nesta cidade?... Verdade.
Que mais por sua desonra?... Honra.
Falta mais que se lhe ponha?... Vergonha.

O demo a viver se exponha,
Por mais que a fama a exalta,
Numa cidade onde falta
Verdade, honra, vergonha.

Quem a pôs neste rocrócio?... Negócio.
Quem causa tal perdição?... Ambição.
E no meio desta loucura?... Usura.

Notável desaventura
De um povo néscio e sandeu,
Que não sabe que perdeu
Negócio, ambição, usura.

Quais são seus doces objetos?... Pretos.
Tem outros bens mais maciços?... Mestiços.
Quais destes lhe são mais gratos?... Mulatos.

Dou ao Demo os insensatos,
Dou ao Demo o povo asnal,
Que estima por cabedal,
Pretos, mestiços, mulatos.

Quem faz os círios mesquinhos?... Meirinhos.
Quem faz as farinhas tardas?... Guardas.
Quem as tem nos aposentos?... Sargentos.

Os círios lá vem aos centos,
E a terra fica esfaimando,
Porque os vão atravessando
Meirinhos, guardas, sargentos.

E que justiça a resguarda?... Bastarda.
É grátis distribuída?... Vendida.
Que tem, que a todos assusta?... Injusta.

Valha-nos Deus, o que custa
O que El-Rei nos dá de graça.
Que anda a Justiça na praça
Bastarda, vendida, injusta.

Que vai pela clerezia?... Simonia.
E pelos membros da Igreja?... Inveja.
Cuidei que mais se lhe punha?... Unha

Sazonada caramunha,
Enfim, que na Santa Sé
O que mais se pratica é
Simonia, inveja e unha.

E nos frades há manqueiras?... Freiras.
Em que ocupam os serões?... Sermões.
Não se ocupam em disputas?... Putas.

Com palavras dissolutas
Me concluo na verdade,
Que as lidas todas de um frade
São freiras, sermões e putas.

O açúcar já acabou?... Baixou.
E o dinheiro se extinguiu?... Subiu.
Logo já convalesceu?... Morreu.

À Bahia aconteceu
O que a um doente acontece:
Cai na cama, e o mal cresce,
Baixou, subiu, morreu.

A Câmara não acode?... Não pode.
Pois não tem todo o poder?... Não quer.
É que o Governo a convence?... Não vence.

Quem haverá que tal pense,
Que uma câmara tão nobre,
Por ver-se mísera e pobre,
Não pode, não quer, não vence.


Gregório de Mattos e Guerra
(1633/1696), o Boca do Inferno, nascido na Bahia, foi o primeiro de nossos satíricos, homem de língua destravada e fácil veia poética. Estudou humanidades em Portugal, tendo feito o curso de leis na Universidade de Coimbra. Na terra mãe foi juiz criminal e de órfãos. Voltou ao Brasil com 47 anos, sob a proteção do arcebispo da Bahia, D. Gaspar Barata. Tantas e tais fez que não só perdeu a proteção do prelado, como ainda foi degredado para Angola. Reabilitado, voltou ao Brasil, indo para Recife, onde conquistou simpatias e viveu com menos turbulência que na Bahia. É o patrono da cadeira n.º 16 da Academia Brasileira de Letras. Além de versos satíricos e humorísticos, escreveu poesias eróticas com a maior incontinência verbal.


10 setembro, 2009

das coisas dos últimos dias



Apresentação de trabalho na Archai em Uberlândia, pesquisa na UFMG (com visita rápida ao espaço Fiat pra ver Chagall e Rodin) e passada rápida em São Paulo para tentar espantar meus fantasmas...

dsa coisas boas,um passeio com o meio-meio irmão Tilsinho pra ver uma banda de rock bacana num lugar bacana e, melhor de tudo, SEM CIGARRO!!!Não pensei que um dia iria entrar e sair feliz da vida sem cheiro de cigarro em boate paulistana. O local, o Wild horse. a banda, Rockstock:
http://www.wildhorsecafe.com.br/

a visita ao "quirido" Israel e assistir a peça que me tocou profundamente, da qual pretendo ler o livro:
http://www.almaimoral.com/

Depois da peça, apesar de mais uma decepção com quem está longe e poderia me fazer feliz, fui jantar com o Israel e seus amigos num restaurante muito legal, o AK, comida judaica contemporânea...Uma entrada com salmão, um bourguignon de cordeiro e um crepe de nutela com nozes...Delicioso...





além disso fui finalmente visitar o Museu da língua portuguesa, com o Israel e a Elis. Lindo, emocionante, bem feito, maravilhoso. Faz valer a pena morar numa cidade caótica como esta, mas como eu não moro mais tenho que me virar no pouco tempo passado aqui para poder dar conta de tantas coisas bacanas...

Vale a pena dar uma olhada no site, tem muita coisa boa:
http://www.estacaodaluz.org.br/

e, claro, a passagem pela Pinacoteca, como sempre, nesta vez com a bela exposição do Matisse.