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28 dezembro, 2009

Adorei!

Ultimamente eu me sinto assim. Felizmente, isso passa e volto a ficar sociável..rsrs

ano acabando e a gente continua aguentado...

Outro ano vai começar e nós vamos continuar abaixando a cabeça para os poderosos que roubam deliberadamente?
Ainda vamos aceitar isso?
Estou escrevendo um e-mail para os senadores, vai dar um trabalhão enviar para cada um mas vou tirar parte do meu tempo para isso. No mínimo vou expressar minha indignação, sem me iludir que isso possa mudar algo. Mas eles não vão me mudar, vou continuar reclamando! Uma hora as coisas vão começar a acontecer.

Dos dias finais de um ano que começou mal

Poucas coisas realmente boas aconteceram comigo este ano. Na maior parte do tempo tive que me adaptar à força à situações que não queria/podia, viver a angústia das dúvidas e a correria pra resolver os problemas e ter tempo suficiente pra fazer uma boa dissertação.

Na luta para conquistar certas coisas tive que me deparar com a má vontade de quem tem o pouco poder de ter nas mãos, ainda que "mediocremente", o destino de parte da minha vida. Cansada, desanimada, fico torcendo para o ano acabar logo e um novo começar com as tais esperanças renovadas, como no texto do Drummond. É difícil, estou tentando, e vou em frente...

A pausa nessa loucura foi ter uma semana toda dedicada a reencontrar as pessoas queridas que tive que acompanhar de longe por causa dos estudos. Mas a vida é isso, e novos bons momentos eu sei que sempre virão!

12 dezembro, 2009

Performance filosófica


Na comemoração do primeiro aniversário do Café e filosofia do Sesc eu preparei uma apresentação com frases interessantes de filósofos, tendo por base a Ópera Tristão e Isolda de Richard Wagner (que segundo Schopenhauer é a maior de todas as músicas) culminando no clip do Paulinho da Viola tocando "Filosofia" de Noel Rosa. Quem tiver interesse na apresentação dos slides é só procurar no 4shared.com.br, colocando na busca "filosofia sesc".

Ano que vem voltamos com os encontros, sempre às quintas-feiras. Até lá!

26 novembro, 2009

De Taperoá para o mundo, sem sair do Brasil


A felicidade das coisas simples é algo maravilhoso. Em meio a tempos tão turbulentos, sentar e ver a bela imagem de um senhor simpático e sagaz, de voz rouca mas suave, com uma memória incrível do alto dos seus 82 anos é um alívio para as dores do corpo e da alma.

Ariano me deixa sempre a sensação de ser um parente querido, daqueles que a gente vê pouco mas a cada reencontro parece ter estado por perto o tempo todo. Sua fala graciosa não priva das críticas aquilo que deve ser criticado, mas o faz de maneira tão leve que faz corar quem não concorda com ele. A impressão que me deu é que quem acha que a banda Calipso é a cara do povo brasileiro deve ter ficado sem graça ao ouvir aquele homem mostrar de maneira tão delicada mas consciente que esse é um grande erro. Banda Calipso e Xinbinha não podem ser o retrato de um povo. Falar que ele é genial! E Bethoven, é o que? O trecho da música que ele cantou da banda mostra o quanto temos nosso espaço invadido o tempo todo por "bandas" como essas, e como elas não nos trazem nada de novo. E o pior, segundo ele, é que seu neto disse que tem coisa muito pior. Ele disse que nem podia imaginar o que seria pior! Eu fiquei com a grata satisfação ao constatar que alguém como ele falou o que eu sempre disse, mas quando falo parece crítica boba. Eu disse uma vez que depois que ouvi um forró que dizia "vamos juntar o mijador com o mijador" eu desisti de ouvir esse tipo de forró, mesmo alguns alunos dizendo que tem coisa muito pior...concordo com Suassuna, se tem pior, me poupem!

Gracioso, delicado, sagaz, crítico, amoroso...sua declaração de amor à mulher com quem divide a vida há 60 anos foi belíssima. Ele disse que a pobre não deve aguentar mais ouvi-lo falando sempre a mesma coisa, há tanto tempo. Eu duvido. Ouvir Ariano nunca deve ser tedioso.


24 novembro, 2009

...sobre o direito de ser velho

não, eu não quero
fingir que não vejo
o mal escancarado
escarrado
da face da dor

não, eu não quero
olhar pro lado, de vergonha
pela vergonha do outro
que pede com os olhos
e com as mãos
a moeda miséria jogada no carro

não, eu não quero
fingir que não vejo
o sal da terra morta
na face do homem
que já morreu
na alma

não, eu não quero
não quero mesmo
me calar pro mundo
que escancara a cara
de pau,
de quem rouba da criança
o direito de viver
que rouba do velho
a ânsia de continuar velho
por muito tempo velho
que idoso é coisa nova
e bonita
mas velho é dor, no corpo
mas maior dor
na alma
que não é velha, mas nova
a cada dia de luta
contra os que roubam dela
a chance de continuar
nova velha força

da saudade...

se lágrima escorre e não pára
que leve junto a dor
que nunca pára
às vezes embala
e embaça
e a saudade fica
não escorre
Pára!
Que a lágrima escorrida
leve a saudade sentida
lave a saudade contida
do filho que não está
na cama ao lado,esperando
o "boa-noite" que não virá
como vinha sempre
e sempre se esperou dar
A vida vai passando
escorrendo com o tempo
escondendo o tempo
que só a saudade sabe
o quanto o tempo corre
esperando o tempo
que virá.

14 novembro, 2009

seguindo em frente...

...e procurando razão pra fazer o primeiro pudim de leite moça em 11 meses...
Certas coisas não fazem mais sentido pra mim...

13 novembro, 2009

o tempo

passa.
E o que fica?

08 novembro, 2009

uma breve, muito breve resposta...

Não tenho tempo mas não poderia deixar de responder...

Em primeiro lugar, a Clarice está certa. O Brasil é um celeiro de desigualdade, uma encubadeira de corrupção e por mais belas que sejam as suas praias ou sua gente isso não muda o fato de que a maior parte dos impostos pagos nesse país vão para as mãos dos políticos corruptos e seus comparsas.

Em segundo lugar, comparar algo a uma coisa pior para demonstrar sua superioridade é um grande engano. Desde quando os EUA servem de modelo para alguma coisa? E, mais, desde quando ter carro e casa é o que bastam a um ser humano?

Ao invés de nos preocuparmos com a "imagem" que o Brasil terá no exterior, precisamos saber o que o seu próprio povo de fato vive, e nem adianta perguntar aos mais pobres o que eles pensam, pois pensar, para quem mata um leão por dia para sobreviver, é um luxo quase inatingível. Experimente comer mal, dormir 5 horas por dia, passar 4 horas por dia em transportes públicos, trabalhar mais de 40 horas por semana e se dispor a "pensar". Isso não acontece, e nem vai acontecer tão cedo, é da própria base do sistema excluir para se manter.

Ainda bem que existem pessoas como a Clarice (nome de uma das melhores escritoras que nosso país já teve) que não aceitam as propagandas e os assistencialismos e procuram compreender o que de fato está por trás de tanta miséria.

Gostaria de ter mais tempo, mas infelizmente, por causa desse mesmo sistema citado, tenho que trabalhar hoje, domingo.

Vencedora da Unesco, ou sobre as leituras simplistas dos problemas

Recebi um e-mail e não consegui ficar calada. Não pude aprofundar pois tenho que escrever minha dissertação, mas deixarei aqui para um dia complementar meu pensamento.

Uma brasileira ganhou um premio da Unesco com a redação abaixo. Vou colocar depois dela o texto que recebi por e-mail e minha resposta.

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência. .. Exagero de escassez... Contraditórios? ? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada - e friamente sistematizada - de contradições.
Há quem diga que 'dos filhos deste solo és mãe gentil.', mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil está mais para madrasta vil.
A minha mãe não 'tapa o sol com a peneira'. Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica.
E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir. Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação + liberdade + igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa. A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra... Sem nenhuma contradição!
É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem!
A mudança que nada muda é só mais uma contradição. Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí. O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão.
Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura. As classes média e alta - tão confortavelmente situadas na pirâmide social - terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)... Mas estão elas preparadas para isso?
Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona?
Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas. Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente... Ou como bicho?


Premiada pela UNESCO, Clarice Zeitel, de 26 anos, estudante que termina faculdade de direito da UFRJ em julho, concorreu com outros 50 mil estudantes universitários.
Ela acaba de voltar de Paris, onde recebeu um prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por uma redação sobre 'Como vencer a pobreza e a desigualdade'

A redação de Clarice intitulada `Pátria Madrasta Vil´ foi incluída num livro, com outros cem textos selecionados no concurso. A publicação está disponível no site da Biblioteca Virtual da UNESCO.

O e-mail que um colega mandou...

Date: Sun, 8 Nov 2009 07:50:34 -0200
Subject: OUTRAS OPINIOES SOBRE A REDAÇÃO VENCEDORA DA UNESCO ..
From: carlosdutra@gmail.com

Isso me causa muita tristeza. Ja pensou que vao ficar registradas nas paginas desse livro da UNESCO todas coisas horrorosas que essa menina esta dizendo sobre o Brasil. Essa zinha precisava viver um tempo aqui nos EUA, por exemplo, para ver que ter igualdade economica nao significa ter igualdade cultural ou mesmo social. O ensino de primeiro e segundo grau aqui e gratuito (e uma merda, pq o sistema e mudar o moleque para uma escola inferior se ele nao consegue passar de ano nas melhores)…e depois disso, muitos deles PARAM TOTALMENTE de estudar por motivos diversos:
1) Falta de grana para pagar a faculdade que passa e muito do preco que a gente paga por uma escola particular para preparar nossos filhos para frequentarem universidades gratuitas tao boas quanto a UFRJ (que, diga-se de passagem, nao deixa a desejar em nada comparada com uma Harvard, Berkley ou Yales da vida).
2) Sabem que podem sobreviver, pagar casa propria e ter carro sem ter que se matar fazendo 6 anos de faculdade. Sendo bocais ja da para o gasto.
3) Nao desenvolvem o pensamento critico que a nossa jovem ai conseguiu (apesar de todas as desigualdades) porque nao dao o menor valor a toda (em excesso) informacao que recebem…veem um monte de coisa, mas descartam com a mesma facilidade que veem. Se nao e para gerar lucro, pra que pensar? Ou seja: simplesmente NAO VALORIZAM O CONHECIMENTO.

Se essa criaturinha ai tivesse esse cenario, talvez fosse capaz de escrever uma outra redacao, que ficasse registrada nas paginas da UNESCO, metendo a boca no desperdicio de oportunidades e no nao desenvolvimento de uma IGUALDADE verdadeira por pura FALTA DE VONTADE, e consequente incapacidade de questionar esse tipo de coisa. No Brasil, pelo menos ate vendedor de mate sabe discutir sobre desigualdade. Aqui, arrisca os PhD nao saberem nem do que v. ta falando…Fala serio.

Ja estou mandando esta msg para todas as pessoas para quem v. mandou este e-mail e, na verdade, queria muito que essa tal Clarisse (que se diz Vianna, mas espero nao ser parente minha) lesse isso tambem…ah se eu tivesse o contato dela!!! Chega de ficar falando tao mal do Brasil para o resto do mundo, gente! Se a gente se deprecia, isso ja e meio caminho pra todo mundo acreditar que a gente e merda mesmo…o Brasil tem muuuuuuuitas, mas muitas mesmo, coisas muuuuiiiito boas. Pena que muita gente so descobre (assim como eu) atraves de duros caminhos. A menina pode escrever bem, mas devia tomar cuidado com o que fala.

Heloisa Vianna

Comentário por Heloisa Vianna — 22, Agosto de 2009

http://sognarelucido.wordpress.com/clarice-zeitel-lixo-do-direito-direto-para-unesco/

A UNESCO, essa entidade que juntamente com a ONU pretende instaurar um governo mundial politicamente correto e analfabeto mundo afora, premiou a estudante de direito, Clarice Zeitel, 26, por uma redação de viés esquerdista, que estimula a luta de classes e a “igualdade” por fim da força, talvez nos mesmos moldes adotados por Gengis Khan, o cruel conquistador da antiguidade (1162-1227), que decapitava qualquer soldado que crescesse além da altura de uma roda de carro de boi, um conceito ímpar de igualdade, sem dúvida. Ela foi agraciada com o prêmio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura e concorreu com 50 mil outros estudantes. Na ocasião, viajou à Paris para ser premiada.

Certamente, não chama a atenção a apologia ideológica à mentalidade revolucionária, praxe na nossa moderna literatura, inspirada por terroristas culturais do quilate de um Tariq Ali ou proveniente da trama neuronal de intelectuais inescrupolosos como Noam Chomsky, que somente exterminou, a tal mentalidade, pelas mãos de Pol Pot, Lênin, Stálin, Mao Tsé-Tung, Che Guevara, Hitler et caterva 100 milhões de pessoas durante o século XX, porém o péssimo estilo literário e a inaptidão da escritora para qualquer redação primária. A simples constatação que o leitor não esquerdopatizado pelo “coletivismo” que assola o país terá, é que as nossas universidades públicas estão com os dias contados, na dianteira da ingrata corrida rumo a vala podre do obscurantismo educacional. Estamos na “bengala”, descendo ladeira abaixo.

Ela é apenas o retrato acabado de nossa educação gramscista e marxista, tipificada num discurso mêa-boca de palanque, cheio de gafes lingüistícas. Me chama a atenção que essa é a mentalidade sociopata que a Rede Globo, oasis do politicamente correto, tanto tenta introduzir, por fim da força, em nosso país através da mídia. Não se enganem, se vocês, que não são intelectuais assim como eu, conseguiram ver o lixo que a UNESCO premia, nossos “intelectuais” filhos da PUC ou USP,nem de longe conseguem sofrejar a música do bom-senso.

Em tempo, nunca vi um apartheid social tão grande quanto esse preconizado no Governo Lula: Nações Quilombolas, Reservas indígenas, cotas para negros, Luta de classes…Tudo visando a separação das pessoas do convívio social com base na premissa “cultural”. É o respeito a diferença que não respeita a diversidade.



24 outubro, 2009

Pérola do orkut

quem sou eu:

el qeru ulma gatinia pra eu namora

el soul da cearamor e mel timi e auvinegu noiz vamu acaba con a rassa do ku vermeio

eu sou o gato da cearamor e um cara muito legal quem me odeia se foda e quem me acha legal agradessso ta certooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo.sou muito estudioso tambem sou o mais inteligente da escola



Eu juro que na primeira passagem de olhos não entendi nada, tive que ir lendo em voz alta...Fico imaginando o nível dos alunos dessa escola em que a figura ai acima é o mais inteligente...E morte à Lingua portuguesa!! :(




17 outubro, 2009

Enochatos

Qualquer pessoa que queira mostrar que sabe mais que outra me incomoda, mesmo as que sabem mesmo. Passar anos nos corredores, bares e salas de aula da Filosofia me fizeram detestar mais ainda aqueles que se sentem superiores por, durante diálogos monologais*, recitarem trechos de livros que hoje já estão disponíveis em sites especializados em frases de famosos, muitas vezes com erros absurdos.

Da mesma forma acho muito chato, num debate filosófico ou não, alguém sentir prazer quando encontra na fala do outro algum engano, e usa este engano para se mostrar superior. Querer ser melhor comparando-se a um pior é um tremendo equívoco.

Agora, o que vem me incomodando ultimamente são os enochatos. Você já deve ter ouvido falar deles, aqueles sabichões que estudam vinhos e, diante de uma bela garrafa, ficam recitando os aromas, os fundos e um monte de outras besteiras a 99% dos mortais que, como eu, não tem as papilas gustativas tão desenvolvidas para perceber tão sutis diferenças.Mais chato é a tal harmonização, que hoje parece ser algo mais importante que a paz no Oriente médio. Até programas de TV especiais sobre o assunto já existem. Ok, é legal degustar um bom prato com um vinho bom, o que não dá é pra limitar tal prato a tal vinho, tornando uma heresia sem perdão qualquer outra opção. Eu já comi peixe tomando vinho tinto, prefiro o branco, claro, mas na falta daquele não pensei duas vezes. Até porque o peixe era bem forte e temperado. Dá vontade de falar isso pra um desses enochatos só pra ver a cara de nojo que ele iria fazer.

Quem aqui nunca tomou uma taça de vinho super recomendado e achou horrível que atire a primeira rolha! Vinho bom é aquele que faz a gente sentir vontade de beber mais uma taça, que faz a gente ficar com um gosto bom na boca, que faz a gente relaxar num papo com amigos. Meus amigos gostam do Mioranza, um vinho barato e bem gostoso. Eu prefiro os mais encorpados, mas não vou deixar de beber outro. Como não sou alcoólatra, o vinho é um coadjuvante de um conjunto de prazeres, como cozinhar para os amigos, e, hoje e sempre, o prazer mais importante é o do bom papo. Para um enochato, se o vinho não combinar como o dna de gêmeos siameses ele deve se levantar e ir embora! Pois que vá!

E viva a leve a ótima sensação de beber um bom vinho com a companhia ideal! Infelizmente, hoje aqui em casa não tem uma garrafa sequer! Quem sabe eu venço a preguiça e saio pra comprar uma...

*isso deve ser um neologismo também, é como eu consegui ilustrar aquelas conversas onde várias pessoas falam quase ao mesmo tempo e onde um não presta atenção ao que o outro diz, tentando impor sua opinião sem dar chance ao outro de debater!

14 outubro, 2009

Pesquisando...

É incrível a quantidade de coisas que encontro na net, o pior é a quantidade de coisas ruins...Platão é dos filósofos mais estudados, e sobre ele a internet tem milhares de páginas, difícil é separar o joio do trigo, eu já estou com a mão doendo...Como é que as pessoas escrevem tanta bobagem? Quer dizer, eu sei, elas não leem mais nada, simplesmente usam o crtl C e ctrl V...Será que essas pessoas já ouviram falar em LIVROS?

Eu sou velha mesmo...

09 outubro, 2009

Roberta Sá

Roberta Sá no Ceará Music? Sério??

Queria muito assistir ao seu show, mas no aborrescente music não dá!

Obama ganha Prêmio Nobel

Há muito tempo eu deixei de acreditar na idoneidade de certos prêmios, mas receber a notícia de que o prêmio Nobel da Paz foi dado ao Obama, sinceramente, me fez crer que tem muito mais interesse político em jogo do que o real interesse em premiar aqueles que lutam por um mundo melhor.

Foram 205 candidaturas, recorde para a premiação, e Obama não figurava enter os favoritos. O premier do Zimbábue era a principal aposta, mas foi preterido. Eu, sinceramente, não acredito que, em menos de um ano na presidência, Obama já tenha merecido tal prêmio. Mas, como sempre, esta é apenas mais uma das tantas questões que nós não poderemos entender pois não há explicação lógica e racional para tal. Esperemos...

28 setembro, 2009

Blog do Shakespeare


QUARTA-FEIRA, 19 DE AGOSTO DE 2009

UM TOQUE EM 140.

Assim como muitos de vocês, tive certa dificuldade de entender e usar o Twitter. Entrei para a rede dos microblogs mais ou menos como todo mundo, meio que pela pressão coletiva, para não ficar de fora. No início, eu estava bem idiota. Imagine que eu respondia à pergunta proposta pela página: o que você está fazendo? Cheguei a perder uma namorada porque, certa feita, respondi “sexo” em vez de “amor”. É como eu sempre digo: fragilidade, o teu nome é mulher!


Agora virei um entusiasta do Twitter. Quero apostar no formato. O blog vai morrer – ainda estou aqui porque sou um clássico. Minha adaptação não está fácil. Nem todos os meus escritos se comportam bem em 140 toques. Porém, não vejo outra saída para continuar a atrair leitores, ou melhor, seguidores. Alguns amigos me aconselham a colocar links nos meus posts, no Twitter, que remetam a sites em que os leitores possam desfrutar meus textos na sua forma integral. Não é o que me interessa. O legal mesmo é ser um tuiteiro nativo, um autor que usa e fomenta o gênero. Vivem tentando me modernizar. Por que não posso eu mesmo fazer isso? Depois de muitos cortes, muita edição, consegui verter quatro de minhas principais obras para o formato minipost. Agora, elas podem ser lidas com a mesma velocidade com que serão esquecidas. Vejam o que vocês acham:



Reconheço que a narrativa fica um pouco prejudicada, que houve certa perda nos diálogos, mas pensem na enorme quantidade de pessoas que antes se sentiam humilhadas por não ter lido Shakespeare. Soltando um post por dia, em poucas semanas, o pessoal terá lido minhas obras completas.

Blog do Descartes


QUINTA-FEIRA, 30 DE JULHO DE 2009

MAKING OF FILOSÓFICO

Não é fácil chegar a uma frase lapidar. Como a própria expressão informa,
é preciso esculpir muito as palavras até o resultado desejado. Para ficar claro
que esse negócio de cunhar frases que modificam a humanidade não é a uma coisa
simples de se chegar, tipo dois palitos, resolvi mostrar os estudos que me levaram
à frase que me notabilizou.

Hoje, até filosofia tem making of. Espero que isso sirva de inspiração para que você também registre seus pensamentos e ideias com afinco. No fundo, é um processo
simples: basta escrever e escrever várias páginas, depois escolher a melhor frase.
E o resto você descartes, como diria o meu amigo e grande filósofo Mussum.


Parte do Blog do além do Napoleão

...
Estou contando tudo isso sem nenhuma intenção de me enaltecer.
Ao contrário: Waterloo, que eu nem quero comentar, baixou a minha bola. Tudo o que relatei aqui são feitos pequenos comparados aos de José Sarney. Vejam: para distribuir cargos entre parentes, amigos e aliados, tive que enfrentar inúmeras batalhas sangrentas, sacrificar vidas, erguer um império e constituir uma monarquia pessoal. O Sarney, não. O homem não precisa de nada disso. Ele faz o que faz dentro de uma democracia, sem ocupar o posto mais alto da REpública, independentemente de quem esteja no poder. Esse é craque. Para ele, eu tiro a minha coroa.

Sobre o blog

Sobre o blog Este blog é um divã eletrônico para mim. Portanto, fique livre para não comentar nada, cobrar-me caro e não me dar recibo.

Adorei esta interpretação dos sonhos

QUARTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2008

EU EXPLICO

Fiz este blog para atualizar e divulgar alguns dos meus conceitos. De tanto todo mundo dizer “Freud explica”, resolvi explicar mesmo. Verti tudo para uma linguagem mais jovem e acessível.

Inveja do pênis.

Inveja do pênis é o que você sente quando vê a Angelina Jolie seminua. Você sente a maior inveja do pênis do Brad Pitt. E mais: fica com vontade de regredir naqueles melões e voltar à fase oral, grudando-se nos lábios carnudos dela – o que causa recalque profundo. A psicanálise pode ajudar a curar esse recalque em alguns anos. Mas a masturbação, sem ser mental, é mais eficiente.

Para divulgar esses conceitos, um amigo me recomendou uma agência de publicidade. Eles criaram o seguinte adesivo para carros: “Não inveje meu pênis: xaveque”.

Complexo de Édipo.

Exemplo prático: Amalie Nathanson, minha mamãe, pretendia que eu fosse advogado. Mas eu tinha outros planos: queria ser marido dela. Meu pai me disse que iria furar os meus olhos se eu insistisse nessa idéia, e aí sosseguei. Lamento o fato de mamãe (linda) não ter vivido o suficiente para ter me visto consagrado como o papai da psicanálise.

Inconsciente.

Nosso corpo é como um carro flex movido por dois combustíveis: inconsciente e consciente. Em geral, o primeiro está mais barato, e a loja de conveniências do posto de abastecimento está sempre fechada.

As piadas e sua relação com o inconsciente.

Paciente:
– Doutor, vou lhe contar um segredo: eu sou um galo!
O psiquiatra resolve aprofundar a anamnésia:
– E desde quando o senhor acha que é um galo?
Paciente:
– Ah, desde que eu era um pintinho.

Toda piada se estrutura por meio da condensação, do deslocamento e da representação indireta. Ou seja, o autor desse chiste tem pênis diminuto.

Interpretação dos sonhos.

Quando você chegar à padoca, olhe para a cara dele. Se o creme estiver num amarelo homogêneo e o açúcar espalhado uniformemente pela superfície, pode levar que está novinho

Música de Caetano Veloso: Lobão tem razão

Lobão tem razão
irmão meu Lobão
chega de verdade
é o que a mulher diz
tou tão infeliz
um crucificado deitado ao lado
os nervos tremem no chão do quarto
por onde o semen se espalhou

o mundo acabou
mas elas virão
e nos salvarão
a ambos nós dois
o medo já foi
o homem é o próprio Lobão do homem
ela só vem quando os mortos somem
ela que quase nos matou

chove devagar
sobre o Redentor
se ela me chamar
agora
eu vou

mais vale um Lobão
do que um leão
meto um sincerão
e nada se dá
o rock acertou
quando você tocou com sua banda
e tamborim na escola de samba
e falou mal do seu amor

chove devagar
cobre o Redentor
se ela me chamar
agora
eu vou

Blogs do Além

Encontrei na Carta Capital os blogs do Além! São vários blogs de personalidades que já morreram, e não podia deixar de colocar aqui o do Platão...


TERÇA-FEIRA, 6 DE JANEIRO DE 2009

NOVOS DIÁLOGOS

Não gosto muito de festa de réveillon. Sempre me escondo na minha caverna durante a passagem de ano. Dessa vez não foi diferente: fiquei no meu cafofo vendo o capítulo de A Favorita, prestando muita atenção aos diálogos. Aproveitei também para aprimorar os ensinamentos que recebi de Sócrates. Treinei muito com a parede o meu passe de calcanhar. Comi um “platão” (deixe-me que eu me divirta com o meu nome) de lentilha. À meia-noite, pude observar, sem prazer, a queima de fogos na Faixa de Gaza. Mas o motivo mesmo do meu recolhimento foi a minha paixão platônica por Carla Bruni. Até hoje não sei se ela é conceito ou realidade. Se pudesse tocá-la, eu elucidaria essa questão. Pensei até no que diria para o Nicolas (nanico, em grego) liberar a sua amada para viver um período como minha mulher de Atenas. Argumentaria que meu interesse seria puramente filosófico. Que desejo Carla enquanto ser. Meu estudo teria um cunho ontológico (na verdade, seria antológico). Diria que preciso muito dela para reescrever uma das obras fundamentais da filosofia ocidental: O Banquete de Platão. E que, no tempo livre, ela poderia visitar instituições de caridade, abraçar crianças pobres e freqüentar a minha academia. Quanto à Sarkozy, valorizaria o seu gesto de renúncia do indivíduo em prol da comunidade – no caso eu – e, com ela aos meus braços, jogaria para o alto a filosofia. Ficaria acorrentado a ela, em minha caverna, olhando a projeção de nossa dança na parede. E, assim, a humanidade ganharia mais um diálogo de Platão:
– Platão?
– Sim?
– A minha intenção é perguntar-lhe qual é a virtude própria da sua arte, e que arte é essa que professa e que ensina.
– Pelo amor de Zeus, Carla, papo cabeça a essa hora? Vá despindo a sua metafísica e depois a gente conversa.

27 setembro, 2009

Os dez piores filmes da década - E eu não assisti a nenhum! :)

Dupla Explosiva , estrelado por Antonio Banderas e Lucy Liu, foi eleito pelo site norte-americano Rottentomatoes o pior filme da última década, a partir de 2000. A escolha da lista, que traz 100 produções, foi feita com base em críticas de jornais, sites e revistas quando os longas foram lançados. No segundo lugar, temos o terror Uma Chamada Perdida , dirigido por Eric Valette. Logo em seguida, a adaptação do clássico infantil Pinóqio , de Roberto Benigni. Já na quarta posição, aparece Um Milionário em Apuros . Confira os 10 piores filmes: 1º - Dupla Explosiva 2º - Uma Chamada Perdida 3º - Pinóqio 4º - Um Milionário em Apuros 5º - Os Pilantras 6º - Bebês Geniais 2 7º - Strange Wilderness 8º - Na Terceira Dança 9º - Velocidade sem Limites 10º - Witless Protection

20 setembro, 2009

Anticristo - Lars Van Trier, ou o Caos reina


Ainda estou chocada. Sai do cinema ha mais de uma hora e continuo sem saber ao certo explicar o que senti. Terror, provavelmente esta seja a palavra que mais demonstraria o que sinto agora.E medo e angústia e ansiedade e tristeza também. Terror, como gênero cinematográfco, não dá conta desta obra do Triers. O filme mais chocante do ano, sem dúvida, um dos mais chocantes de todos os tempos, também.

Li que ele estava com depressão pelo fracasso de Manderlay e para poder superar tal crise começou a escrever despretenciosamente este roteiro. Imagino se ele decidisse pretenciosamente escrever uma obra-prima. Não gosto de violência barata, não suporto mais filmes que tentam chocar através de cenas meticulosamente planejadas. Me pareceu que nada foi feito de maneira meticulosa no filme, algumas cenas são cortadas abruptamente, outras aparecem e somem, animais falam, a natureza fala, as personagens falam, mas nada parece fazer sentido, e o final do filme mostra como nem tudo precisa fazer sentido. Às vezes, é simplesmente o mal em si mesmo.

Não vou fazer aqui uma resenha do filme, existem várias por ai na net, mas várias coisas me chamaram a atenção. Eu gosto do estilo do Triers, aqui ele mantêm as divisões em capítulos, as imagens em câmera lenta, as iniciais e finais em branco-e-preto com uma bela e angustiante ópera de Handel ao fundo, acompanhando cada cena bem ao estilo do Kubrick. Aliás, algumas tomadas me fizeram lembrar de O Iluminado, um clássico e dos melhores filmes que já vi. A tomada inicial é bela e angustiante ao mesmo tempo, e mesmo sabendo o que aconteceria-está em qualquer resenha- a angústia se dobra às belas imagens dos pingos d'água definidos batendo nos corpos de ambos.

Muita gente vai dizer que a violência no filme é gratuita. Não concordo. Acostumados que estamos com cenas ao estilo de Jogos mortais, não nos incomodamos tanto quando tiros são dados à queima-roupa e corpos são mutilados pelas próprias pessoas. Não nos incomodamos pela inverossimilhança. É tão absurdo que não nos toca tanto, Mas o Anticristo toca, exatamente por sabermos o que pessoas com mentes perturbadas podem fazer. Parece real demais para simplesmente ignorarmos, sairmos do cinema em direção à nossa casa e nos deitarmos e dormirmos. Até o sexo perderia totalmente o sentido nessa hora, duvido que alguém conseguisse sair do cinema e pensar nisso.

Várias pessoas sairam na metade do filme, outras tantas reclamaram do tempo perdido ao final do filme, e eu realmente sinto por elas. De difícil entendimento - o que faz ali um lobo falando que o caos reina? - o menos importante, ao meu ver, é entender. Como em um sonho, as coisas não fazem sentido, ou fazem e nós é que não percebemos - sendo aqui bem freudiana. Então, por que ver um filme como esse, que nos assusta, nos dá medo, mostra o terror que pode existir dentro de cada um? Por que, às vezes, encarar nossos medos seja a melhor maneira de suportá-los...


15 setembro, 2009

Coragem...

Você se considera uma pessoa de coragem?

E, se tem coragem, também tem força o bastante para suportar os desafios da caminhada?

Em muitas ocasiões da vida, não sabemos avaliar o que realmente necessitamos: se de força ou de coragem.

E há momentos em que precisamos das duas virtudes conjugadas.

Há situações que nos exigem muita força, mas há horas em que a coragem se faz mais necessária.

Eis aqui alguns exemplos:

É preciso ter força para ser firme, mas é preciso coragem para ser gentil.

É preciso ter força para se defender, mas é preciso coragem para não revidar.

É preciso ter força para ganhar uma guerra, mas é preciso coragem para se render.

É preciso ter força para estar certo, mas é preciso coragem para admitir a dúvida ou o erro.

É preciso ter força para manter-se em forma, mas é preciso coragem para ficar de pé.

É preciso ter força para sentir a dor de um amigo, mas é preciso coragem para sentir as próprias dores.

É preciso ter força para esconder os próprios males, mas é preciso coragem para demonstrá-los.

É preciso ter força para suportar o abuso, mas é preciso coragem para faze-lo parar.

É preciso ter força para fazer tudo sozinho, mas é preciso coragem para pedir apoio.

É preciso força para enfrentar os desafios que a vida oferece, mas é preciso coragem para admitir as próprias fraquezas.

É preciso força para buscar o conhecimento, mas é preciso coragem para reconhecer a própria ignorância.

É preciso força para lutar contra a desonestidade, mas é preciso coragem para resistir às suas investidas.

É preciso força para enfrentar as tentações, e é preciso coragem para não cair nas suas armadilhas.

É preciso ter força para gritar contra a injustiça, mas é preciso muita coragem para ser justo.

É preciso força para pregar a verdade, mas é preciso coragem para ser verdadeiro.

É preciso força para levantar a bandeira da paz, mas é preciso coragem para construí-la na própria intimidade.

É preciso ter força para falar, mas é preciso coragem para se calar.

É preciso força para lutar contra a insensatez, mas é preciso coragem para ser sensato.

É preciso ter força para defender os bens materiais, mas é preciso coragem para preservar o patrimônio moral.

É preciso ter força para amar, mas é preciso coragem para ser amado.

É preciso ter força para sobreviver, mas é preciso coragem para aprender a viver.

Enfim, é preciso ter muita força para enfrentar as batalhas do dia-a-dia, mas é preciso muita coragem moral, para vencer-se a si mesmo.

Força e coragem: duas virtudes com as quais podemos conquistar grandes vitórias. E a maior delas é a vitória sobre as próprias imperfeições.

***

A coragem de vencer-se antes que pretender vencer o próximo, de desculpar antes que esperar ser desculpado e de amar apesar das decepções e desencantos revela o legítimo homem de valor.

Por essa razão a coragem é calma, segura, fonte geradora de equilíbrio que alimenta a vida e eleva o ser aos altos cumes da glória e da felicidade total.

Fonte: Momento reflexão