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20 abril, 2014

Levar para a discussão em sala de aula de ética!
http://www.budavirtual.com.br/etica-alem-da-religiao/

04 fevereiro, 2014

sobre os auto-enganos

Preferir os auto-enganos é ignorar nossa possibilidade de atitude crítica. Nenhum auto-engano permanece mais tempo do que o necessário para provar o quanto não é verdade que feliz é quem se engana, quem finge não ver. Somente a verdade é sempre libertadora. Relendo um dos livros mais interessantes dos últimos anos.

"Este é um livro sobre as mentiras que contamos a nós mesmos. Mentimos para nós o tempo todo: adiantamos o despertador para não perder a hora, acreditamos nas juras da pessoa amada, só levamos realmente a sério os argumentos que sustentam nossas crenças. Além disso, temos a nosso próprio respeito uma opinião que quase nunca coincide com a extensão de nossos defeitos e qualidades. Sem o auto-engano, a vida seria excessivamente dolorosa e desprovida de encanto. Abandonados a ele, entretanto, perdemos a dimensão que nos reúne às outras pessoas e possibilita a convivência social.
O problema é que as mentiras que nos contamos não trazem seu nome verdadeiro estampado na fronte. É preciso, por isso, analisar os caminhos que nos levam até elas: encontraremos aí a origem de grandes conquistas e alegrias, mas também dos sofrimentos que muitas vezes causamos a nós mesmos e às pessoas que nos cercam."

10 janeiro, 2014

Meu Tchaikóvsky se foi...

Cheguei hoje de São Paulo e fui buscar meu Tchai na casa da Amanda,ela, o Alexandre e a Dona Maria fizeram mais uma vez a enorme gentileza de ficar com ele enquanto estive fora. Ele estava embaixo da cama e só balançava o rabinho, não saia, então eu o peguei e fui com ele no colo até a sala, quando de repente ele ficou todo mole...mais uma vez ele tinha desmaiado, na verdade teve uma parada e nós saímos correndo no carro atrás de um veterinário...no caminho via a face angustiada do Alexandre e tinha medo de perguntar, mas ele disse que estava sentindo o coração dele, só que bem levinho...chegamos lá, a médica fez massagem cardíaca e eu sai da sala pois não conseguia ver aquilo...chorava, e meus irmãos do coração me abraçaram...nem sei o que seria de mim sem os dois comigo, nunca poderei agradecer...e quando mandaram chamar alguém eu não fui, esperei, na verdade queria ter esperança por mais alguns segundos...

Meu Tchaizinho se foi...meu companheirinho de quase 15 anos. Num dia em que voltei tão triste para Fortaleza, num período tão difícil da minha vida, com a perda da minha vó, com tantos desencontros e desesperanças, mais essa. Pensando em responder a pergunta que minha sobrinha me fez,sobre meu companheiro só posso dizer que não, não devo morrer agora, mas sem dúvida um pedacinho de mim se foi com meu tchaicovildo...




01 janeiro, 2014

O primeiro dia do ano de 2014

2013 foi um ano intenso. Em muitos sentidos, bons e maus. Eu sei que tenho a tendência a reclamar muito dos problemas mas, paradoxalmente, costumo não fugir a eles. Lutei pelo que precisei lutar, mesmo sabendo que minhas forças poderiam se acabar com isso, mas eu sou assim, não consigo simplesmente desistir ou fingir que os problemas não existem.
Hoje, ao assistir "A vida Secreta de Walter Mitty", de Ben Stiller, fiquei emocionada. A Cena em que ele lê o título da última capa da Life, antes mesmo de mostrar a foto, me fez encher os olhos de lágrimas. Sou uma chorona, uma sentimental, sei disso, muitas coisas que aos olhos dos outros parecem bobas a mim tocam profundamente. Ainda mais hoje, ainda mais agora...
Perdi minha avó materna ha 3 dias. Passamos 11 dias com ela no hospital, literalmente desde a minha chegada no aeroporto de São Paulo, na noite do dia 18. Nesses dias revi minha infância ao seu lado, mas vou escrever sobre isso mais tarde. Hoje, ao ir ao cinema com parte da minha família (meu irmão e minha sobrinha, que moram em Fortaleza, meu filho e a namorada, que moram em São Paulo) vivi a felicidade dos pequenos momentos que a vida em família nos proporciona. Passei por momentos muito difíceis ao esperar ligações de quem devia estar ao meu lado nesse momento de luto mas que, não sei por que motivo, simplesmente não estava, mas esse fato também me mostrou que não adianta esperar das pessoas aquilo que elas não estão dispostas a dar. Sofri muito. Estou sofrendo, mas tudo isso reforçou em mim a certeza de que, por mais problemas que a família possa ter, são eles que realmente estão ao nosso lado, não importa o que aconteça. Por causa deles minha força para lutar se renova e minhas pequenas desistências se justificam pois desistir do que é pequeno é o mínimo que se deve esperar de quem quer ser feliz.
Passei a virada do ano tentando pensar em quais as possibilidades de mudanças que 2014 pode me proporcionar, e ao assistir ao filme de hoje fiquei surpresa e feliz por ver que, não importa o quanto a gente acerte e não se reconheça isso, o que importa é cada tentativa em busca do que é justo, correto e que nos faz crescer como pessoa, mais que qualquer coisa. Não acredito que os fins justificam os meios. A vida é a caminhada, não o fim do caminho. Não vale fazer qualquer coisa a qualquer preço, há que se ter ternura e justiça no coração, por mais difícil que seja no mundo louco e competitivo que vivemos hoje. Há que se ter coragem. Nesses dias, mais que nunca, meu sobrenome fez sentido para mim. Que venham as batalhas, não tenho medo delas.