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30 agosto, 2011

sobre os amigos que passam pelo nosso caminho e deixam marcas...


Recebi um e-mail que me emocionou, principalmente pelo turbilhão de coisas que tenho vivido nos últimos meses...Quando tinha 15 anos trabalhei numa empresa e lá conheci o Jucivânio, Juba, um cara tranquilo, de voz doce, amigo pra todas horas e que foi meu grande parceiro. Lembro que no primeiro dia de trabalho, ele que era o boy, assinou o caderno de ponto(super oficial, na época não tinha ponto biométrico) com o meu nome e o dele abaixo, Juba, claro...o nosso chefe quase matou a gente, primeiro pq ele assinou por mim, depois por ter colocado o apelido e não o nome dele...rsrs...tanto tempo depois, é muito bom reencontrar uma pessoa tão especial...:

P.S.: Que foto é essa??? Com almofadinha de coração?? Bom, ao menos minha máquina de escrever Olivetti Letera 82 tá ali ao lado, essa era minha companheira, aquela que faria eu ser escritora...eu dormia atrás de uma cortina que separava o quarto da minha mãe, encostada na parede...



Eu ainda tenho guardado a 7 chaves,todas as cartas que recebi.
Eu ainda tenho o telegrama que você me enviou no dia do meu aniversário.Você fez uma surpresa:comprou um bolo,me deu de presente um cinto e depois me dispensou para fazer as entregas/você era a minha chefe...
No dia do seu aniversário,eu fui com um amigo.Quando chegamos na sua festa,eu senti uma dor de dente muito forte,você parou tudo e veio me dar atenção juntamente com a sua mãe e a sua avó.Eu fui embora mais cedo daquela festa.
Eu ainda lembro do dia que você desfilou na escola em que estudava,quando cheguei,a primeira pessoa que me reconheceu foi o seu irmão.
Eu ainda lembro no dia em que você me trancou acidentalmente no banheiro do trabalho,todos ficaram procurando por mim...
Eu ainda lembro no dia em que eu comprei um camiseta de surf,e estava usando,você queria de qualquer maneira comprar aquela camiseta,só por causa de uma mensagem,e olha o destino... (você se lembra da mensagem?).
Eu não imaginava que você sabia que eu era apaixonado pela Andréia. rs
Eu ainda me lembro o quanto que você dançava bem (pé de valsa) rs...

28 agosto, 2011

ainda sobre a palestra de Boff


Boff fala contundentemente que estamos em um momento crítico no qual ou formamos uma aliança global para cuidar da mãe terra e uns dos outros ou correremos o risco de destruição de nossa própria vida e da devastação do meio.

É preciso pensar um novo tipo de educação que saiba lidar com os problemas ambientais.

Como disse Evo Morales, "ou acabamos com o capitalismo ou o capitalismo acaba com a mãe terra"

Em um evento mundial, depois da palestra de Boff, todos os 192 membros mudaram e decidiram passar a chamar a terra de "mãe terra"

Não há separação entre a terra e a humanidade...um astronauta que veja a terra de longe não irá perceber distinção entre a terra e as espécies que vivem nela...

Devemos lembrar que a palavra homem vem da palavra humus (daí também vem humilde e humildade), que é a terra viva, e que somos a parte consciente, inteligente da terra, e por isso mesmo não faz sentido destruirmos aquilo do qual somos parte.

Leonardo Boff é amigo do Papa Ratinzger, mas este o condenou por formar um novo grupo, a teologia da libertação, com forte influência marxista e que defende antes de mais nada os empobrecidos (achei a palavra perfeita, não é pobre, mas empobrecido, fica a impressão mais forte de que é uma ação e não um fato). Ele diz que o Papa nunca teve que lidar com pobres e por isso nunca entenderia o que é a Teologia da Libertação...achei interessante e fiquei com vontade de conhecer melhor suas ideias. Detalhes aqui: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=575

Uma das coisas que eu mais gostei foi a fala dele sobre o celibato. Diz que é um grande erro da igreja essa tentativa de manter algo antinatural por questões econômicas e não religiosas. Ele diz que a pessoa tem que escolher ser celibatária, e que a Igreja funcionou muito bem durante vários séculos com padres casados que passavam para os filhos seu legado...Hoje a Igreja tem menos de 10% do total de padres necessários para a população católica e sua grande maioria é formada por estrangeiros...é, parece que ser padre tem deixado de ser uma boa nessa época globalizada...

Eu estava numa cidade distante, angustiada com muitas coisas mas mesmo assim tudo aquilo me tocou...me reconheci quando ele falou de pessoas que entendem sua participação na divindade e não precisam estar entre quatro paredes sob uma definição legal para se entender como religiosas. Como diria Platão, existem prazeres menores e mundanos, e desses eu também gosto, mas de fato eu gosto mais do que ele chama de prazeres superiores, aqueles que nos elevam a alma...Obrigada Professor Boff por sua bela presença...

para aquele que virá...


O que quero de ti
é a certeza sincera
da presença constante
ainda que incerta
pois em nada certeza há
o que quero de ti
é a presença constante
estar mesmo na ausência
estar no não estar
na inexata certeza
do dia que se move
para a certeza do não estar
da certeza de agora
que tem gosto de amora
e tem cor de amorar
o que quero não mando
não exigo, desmando
quero o querer
que no outro está
para o impossível da vida
fazer possível estar

sobre a ontologia do meu ser...


De tudo aquilo que sou
há aquilo que sou e sei
há o que sou e não sei
há o que sou e gosto
há o que nunca serei
De tudo aquilo que quero
O que não quero é o que mais quero
Do que deveria querer, não quero
Enquanto...

Do que sou, nem tudo aparece, apareço
escondido de mim, ou escondo de mim
aquilo que não quero, ou não mereço
O que sou ninguém vê
e o que sempre irão querer de mim
não serei
mas o que não serei também está em mim
mas não só, mas não tanto...

O que importa querer?
O que se vê sem ser
o que não se vê e é?
ou o uqe é ainda mais profundo
aquilo que não se sabe, não se vê, mas se quer
e ao querer parece ver
escolher o que ver
se enganar, escolher
mas não só, mas não tanto...

De tudo isso o que sobra?
Aquilo que se quis ver no outro
aquilo que se quis ver em si?
aquilo que se viu, era?
o mais triste é que ao ver
o visto é criação de quem vê
e nem sempre está no que é visto
mas nem sempre, mas nem tanto...

Cria-se o que é o outro, naquilo que o outro é
mas por não ser sempre, nem ser tanto, decepciona
decepciona aquele que criou
mas se criou como se decepciona com a cria?
o que se queria ver, e se viu,
não era o outro,
não é o que o outro é
não que é o outro
que é, mas nem sempre, mas nem tanto...

Como parar de ver?
Como parar de parecer?
Criar o que se quer ver no outro é morrer
mas nem sempre, mas nem tanto...(EB)

sobre as quedas...




A mão lânguida, solta e alva
escorre como água de banho morno
deixando-se pender, se perder, inerte massa
ao longo do corpo oco

as pernas trêmulas, ainda vivas
sombriamente prestes a desenbestada queda
como âncora bruta cai em maré incontida
ao corpo tomba em desmentida vida...(EB)



sobre a poesia...


A poesia é feita quando o amor sai do coração, escorre pelas mãos e percorre o papel...

Fazer poesia é fazer amor com as palavras (EB)

sobre a poesia...

A poesia é feita quando o amor sai do coração, escorre pelas mãos e percorre o papel...

27 agosto, 2011

sobre o tempo do tempo do tempo


Vem que ainda é cedo
e o sol (sem medo) veio nos brindar
colorindo corpos nus acesos
intensos de imprudente sonhar

Vem, que ainda há tempo
em nosso tão diferente passar
as almas não gostam de ver
os tempos que insistimos em contar

Vem, que ainda posso
ou já não posso contigo estar
mas enquanto o "se" se posta, imposto, eu digo
Vem, que ainda podemos amar...

sobre a palestra com Leonardo Boff



O ginásio poliesportivo de Juazeiro do Norte estava repleto de pessoas com cara de gente rica (o ingresso caro colaborou com isso). Quem organizou o evento foi a faculdade Leão Sampaio, e eu acho que boa parte das pessoas eram professores de lá. Gostei dos propósitos que eles tanto divulgaram, mas não gostei do telão passando durante TODO O TEMPO a propaganda dos apoiadores...
Bem, depois de um atraso que eu duvido que ocorra em lugares mais sérios, e depois da babação natural de pessoas que querem falar mais que ele, finalmente ele foi chamado! Entrou rodeado de crianças muito pequenas que, segundo a apresentadora, seriam os portadores da ética dos anos 2050...mas além das crianças e de uma cadeirante, ele entrou com pelo menos 3 seguranças, o que me fez pensar o motivo disso...num local com pessoas esclarecidas, que pagaram caro para estar alí, devia haver essa preocupação toda com segurança?
A imagem dele é encantadora. Parece mesmo um Papa Noel, e ele não deve gostar disso. Sua figura mistura algo de frágil mas com uma aura tão forte que é impactante. Mas a voz dele é única. Doce, suave, mesmo ao falar de coisas tão importantes e trágicas, sugere sempre uma leveza que me é estranha nesses assuntos (quem é meu aluno ou já me ouvi falar sabe, eu chego a ser dura ao falar de injustiças).
Ele passou um video feito a partir da CArta da Terra, documento feito por várias pessoas no mundo (ele, inclusive) depois de uma pesquisa sobre como deveriamos tratar o planeta. O video é lindo e nele eu vi imagens de colagens muito bonitas e delicadas, quando fui ver os livros a venda vi que havia cartões com material reciclado feitos por uma ONG de Petrópolis chamada filhos da terra...Comprei 3 cartões lindíssimos e pretendo transformá-los em quadros...
o Tema da palestra era "Ética, Educação e Inclusão: que Brasil queremos? Mas ele falou prioritariamente das questões contidas na Carta da Terra. Vou colocar minhas impressões sobre a fala dele num post a parte...

15 agosto, 2011

sobre as angústias da paixão...



O dia amanheceu triste e vazio. Claro que não foi o dia que amanheceu triste e vazio, para tantas pessoas naquele horário, em outros lugares, o dia amanhecia lindo, mas para ela o vazio interior reverberava no mundo inteiro, e não havia sol que iluminasse tal sentimento. Olhou o computador desligado ao lado da cama e, como sempre fazia, correu para ligá-lo, mas parou imediatamente ao lembrar que não havia mais motivo para tal correria...não fazia mais sentido por não haver vida ali dentro, vida que a alimentou por todos esses dias dos últimos meses, e que agora já não existia...Como o inseto monstruoso kafkiano sentiu-se pesada demais para se mover na cama, pernas curtas e coração idem...deixou-se ficar a olhar o teto, esperando algum milagre (que nesse mundo pós-modernos viria pelas ondas do celular) mas logo tomou-se de uma força maior e lançou-se para fora da cama, carregando sua tristeza escadas abaixo e vida acima...não conseguia pensar, evitava o confronto com as próprias idéias...o que queria ali era apenas estar enganada, ter a certeza que estava errada e que pedir desculpas bastaria para fazer o sol voltar a iluminar seu mundo...por um momento pensou que de alguma maneira já havia feito isso, e tudo o que recebeu em troca foi angustiante silêncio. Percebeu que nada mudaria por um motivo simples e completamente frustrante...reconhecia naquela situação, no outro, aquilo que ela mesma era, anos atrás. Percebeu que gostava no outro aquilo que fora um dia, impetuosidade e desespero, confronto e dedicação, paixão e medo...e soube que a única maneira de superar o problema seria esperar a ação do tempo, e que enquanto o tempo revelava no outro suas idiossincrasias insuportáveis, ela lembraria do quanto foi insuportável um dia e que agora reconhecia naquelas pessoas que passaram pela sua vida e que sofreram tanto por ela, uma dor maior que a que tinha percebido na época...como fora insuportável, como exigira tamanhos absurdos, como não percebera que suas palavras duras e atitudes idem aniquilavam o outro, não reconhecia neles suas necessidades de afeto mesmo quando estavam errados, mas ao mesmo tempo se perguntava o motivo pelo qual tais pessoas a amaram tanto, por tanto tempo lutaram para estar com ela, muitas vezes dizendo estar vivendo seus momentos mais felizes...não sei, não sei, responderia, mas no fundo talvez ela soubesse...apesar de toda essa exigência absurda de perfeição, ela amava. E sempre tão intensamente que fazia do outro esplendoroso amor, fazia surgir o melhor dos mundos possíveis quando os deitava em seu colo e acariciava seus cabelos por horas a fio, quando, atenta que era, antecipava sonhos e desejos e os realizava, quando fazia do outro altar de seus dias. A intensidade que angustiava ali era aliada, intenso ardor que a tudo superava, que fazia das horas minutos e que deixava sempre a sensação de se querer mais...só que agora, passado o tempo e com a maturidade alcançada, ela não conseguia mais viver desordenadamente, um dia sim, um dia não, um dia com, um dia sem...queria a sorte de um amor tranqüilo, mordido, de rotina para se tentar fugir dela, mas só um pouco, só às vezes, tão bom era viver sem medo, sem agruras, sem sofrimentos a toa, deitados na cama escolhendo o que assistir, interrompendo o assistido, reiniciando, renovando, refazendo, refazenda...Pensou que um dia ele perceberia tudo isso, mas isso seria só daqui há 10 anos, ou mais, e soube que a história tinha terminado, não passaria de vaga lembrança tantas vezes gravada e apagada na pós-modernidade que nos expõe e muitas vezes nos aniquila. A pós-modernidade havia-os reunido, a mesma pós-modernidade agora os separava...

13 agosto, 2011

sobre a filosofia em minha vida

A filosofia me dá tranquilidade e sabedoria para compreender o óbvio que emocionalmente insistimos em não ver.

04 agosto, 2011

Folha Online - Blogs - André Barcinski

Tenho algumas restrições, mas no geral acho que ele tem razão!