29 outubro, 2010
sobre as coisas inexoráveis
Ontem, na palestra do Café e Filosofia sobre Ortega y Gasset, vi esse slide e não resisti...resolvi postar aqui em homenagem aos amigos inexoráveis que tenho (na boa acepção da palavra, claro)!!
16 outubro, 2010
Se você pudesse ter um papel principal em um filme, qual seria?
Aa personagem que convenceria as pessoas a serem menos alienadas
Se você pudesse fazer com que uma pessoa se apaixonasse por você, quem seria?
Shakespeare, Pablo Neruda, Camus, Clarice Lispector, Cecília Meireles, Vinícius, Chico Buarque...já pensou as coisas lindas que eu receberia deles?
Qual foi o seu programa de televisão favorito da infância?
não sei, via pouca tv, tinha que ajudar minha mãe em casa...
Quando você era criança, o que você queria ser quando crescesse?
Escritora e atriz...sendo professora sou um pouco das duas coisas
Se oferecessem a você o cargo de presidente dos EUA, você aceitaria?
claro que não, não é através da política que se vai mudar o mundo...
Quem foi o melhor professor que você já teve?
Os melhores: Dona Neide na segunda série, Ruy na faculdade, Cleomar na pós...eles me ensinaram mais que o conteúdo programático, eles me mostraram que eu podia ir além...
Quais são as três coisas que você pensa que se tornarão obsoletas nos próximos dez anos?
Justiça, amizade e sapiência...
Se você pudesse ser parecido com qualquer pessoa, com quem seria?
Essa é meio óbvia, mas comigo mesma...saber reconhecer o que temos de bom e compreender e aceitar o que não é tão bom faz parte da sabedoria que busco tanto alcançar
Se você pudesse sair de férias no próximo mês com um orçamento ilimitado, aonde você iria?
Pra Europa, começando pelas antigas cidades-estado gregas (o que inclui parte da hoje Itália e Turquia), passando por todos os locais onde os grandes filósofos estiveram...depois pelas cidades dos grandes mestres da pintura e escultura, e depois pelas terras dos grandes homens/mulheres da literatura...Alguém quer fazer uma vaquinha pra me mandar pra la?
sobre a manipulação da mídia
Hoje recebi pelo twitter, do Junior do 7, um texto do Chomski que mostra exatamente o que eu tenho dito no dia-a-dia, mas de forma mais clara e competente, é claro...segue o texto:
Juízo Final Blog
Manipulação: As 10 estratégias que são utilizadas pela mídia na população
Publicado em Crise, Nova Ordem Mundial por juizofinal em 03/09/2010
Todos os dias vemos nos telejornais uma série de notícias escolhidas previamente pelos redatores, diretores, jornalistas e executivos das emissoras. Será que essas organizações irão difundir informações que prejudiquem a si mesmas ou àqueles que lhes geram renda?
Essas empresas que nos levam informação (emissoras, editoras, etc) estão geralmente em articulação com setores predeterminados. Partidos e seus políticos, outras empresas privadas, anunciantes e uma série de outros grupos coligados. Como esperar que elas possam ir à contramão dos interesses desses setores?
Pode se concluir através disso que qualquer informação divulgada é seletiva. Se chega a público é porque foi aprovada por um grupo que detém o poder de propagá-la e logicamente não a disponibilizará se ela contradisser seus projetos.
O linguista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:
1- A estratégia da distração
O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto Armas silenciosas para guerras tranqüilas)”.
2- Criar problemas, depois oferecer soluções
Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.
3- A estratégia da gradação
Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.
4- A estratégia do deferido
Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.
5- Dirigir-se ao público como crianças de baixa idade
A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê?“Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestionabilidade, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.
6- Utilizar o aspecto emocional muito mais que a reflexão
Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…
7- Manter o público na ignorância e na mediocridade
Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossíveis para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.
8- Estimular o público a ser complacente na mediocridade
Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…
9- Reforçar a revolta pela autoculpabilidade
Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!
10- Conhecer melhor os indivíduos melhor do que eles mesmos se conhecem
No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.
Referência: http://correiodeimperatriz.com.br/site/?p=1705#
06 outubro, 2010
sobre a saudade, ainda...
sobre a saudade
03 outubro, 2010
sobre como os políticos deveriam ser
Nunca traremos desgraça para a nossa Cidade, por nenhum ato de desonestidade ou covardia, nem jamais abandonaremos nossos companheiros sofredores.
Lutaremos pelos ideais e pelas conisas sagradas da cidade, isoladamente ou em conjunto. Respeitaremos e obedeceremos às leis da Cidade e tudo faremos para despertar respeito e reverência naqueles que, estando acima de nós, inclinam-se a reduzi-las a nada. Lutaremos incessantemente para estimular a consciência do cidadão pelo dever urbano. Assim, por todos esses meios, transmitiremos essa Cidade, não menor, porém maior, melhor e ainda mais bela do que nos foi transmitida.
--Juramente da Juventude Ateniense (retirado do perfil de Arthur Molina)
sobre a eleição, claro
Boa constatação, Israel! O PSol no legislativo! É isso aí!?
--- Em dom, 3/10/10, Israel Sena < escreveu:
De: Israel Sena <>
Assunto: Re: Res: Plínio
(Esqueci de dizer só uma coisa q aparentemente vai contra a todo o outro discurso e vcs vão me achar totalmente doido. rs)Para o Legislativo, apoio o Psol de ponta a ponta... É sério!A extrema Esquerda tem de estar no Legislativo pra fazer força contra o PFL-PSDB...É isso.Abraço.
--- Em dom, 3/10/10, Israel Sena escreveu:
De: Israel Sena >
Assunto: Re: Res: Plínio
Para:
O governo Lula apresentou duas propostas de reforma tributária q diminuiriam os impostos sobre a produção e aumentariam os sobre o patrimônio. As propostas sequer chegaram às comissões especializadas do Congresso, em razão de 'forças ocultas'. Isso é só um exemplo.Por isso, achei perfeita e adequada a indagação da autora do blog sobre se o Psol, caso o Plínio seja eleito, vai fechar o Congresso pra implementar as medidas q defende. Só assim pra passar, por ex, a reforma agrária do Psol e a suspensão do pagamento da dívida pública, cuja impossibilidade a Direita ja deixou expressa na Constituição.Sinceramente, não acredito q Maluf, Collor, Tasso, Sarney (e etc) deixem de ser eleitos ou percam a influência q têm.Não acredito tbm q o povo q vota nessa galera vá sair na rua pra derrumar governo e menos ainda q vá pegar em arma.Mesmo eu me considerando de Esquerda, não acredito na plataforma do Plínio, pois acho que está desvinculada da realidade, não só do que trata à governabilidade, mas tbm no que trata à postura do povo q é o grande prejudicado pelo sistema atual.As mudanças são gradativas (a não ser q haja uma revolução, q acho praticamente impossível acontecer). No governo Lula houve uma real melhoria na qualidade de vida da população, é indiscutível.Por isso (e ainda tem o meu pavor ao Serra-PSDB-PFL gritando no juízo...) e mesmo ciente das imperfeições e erros do atual governo, voto amanhã na Dilma.Beijo-Abraço a todos.
--- Em dom, 3/10/10, Rodrigo Faria < escreveu:
De: Rodrigo Faria
Assunto: Res: Plínio
Para:
Havia eu respondido só pro Mr. Israel (que com um nome desse não poderia ser menos polêmico), mas o debate se ampliou e acho que vale a pena copiar pra vcs o que respondi...
"Bom, quanto ao texto, uma pena que vc pense assim. Para mim, sinceramente, votar na Dilma e no PT hoje em dia é que é ingenuidade e utilitarismo. Digo isso de cadeira, pois já senti na pele como é a gestão PT no poder e não gostei nem um pouco.
Negar que houve melhorias?! Longe de mim fazer isso, mas melhorias podem ocorrer em qualquer gestão (como o Plínio bem ressaltou no debate, embora sempre ocorrerão menos mudanças numa gestão do PSDB). Quero é mudança! E para qualquer um que não tenha ficado satisfeito com o pouco tempo do programa do PSol na TV e tenha ido atrás de mais informações, fica claro que o partido tem reais propostas pra transformar.
Utópico?! Sim, graças a Deus!"
Bem parecido com o que a Val escreveu há pouco, né?! Será que ambos sofremos lobotomia ou realmente acreditamos e vivenciamos o que acabamos de falar?
Bjos e abraços,
Rodrigo
De: Val Pinheiro
Para:
E pra mim ela apenas conseguiu condensar um monte de clichês.
Dizer que quem vota PSOL é adolescente e ingênuo é ignorancia e/ou mau caratismo. Não sou nenhum dos dois, como muitos dos que estão brigando por voto nesse partido.
Votamos PSOL pq não nos contentamos com pouco. Pq não caímos no pragmatismo eleitoral não claro nesse post. Sou da esquerda nova, com valores democráticos, que fala de meio ambiente, etc, etc.
O avanço conseguido com o Lula é inegável, o apoio popular dele tb o é. O Bolsa-familia é importante, mas para aí. Mas dizer que estou satisfeita com isso é mentira. Dizer que isso é o máximo onde conseguimos chegar é mentira. Eu acredito na possibilidade de mudanças profundas. Se não for com o Congresso, vai ser com o povo nas ruas.
Quer ver as propostas do PSOL, vá no site. Nao dá pra repassar tudo tendo 50 segundos no programa eleitoral. E no debate concordo com a estratégia de deixar claro os projetos opostos, a visão de brasil contraditória com os 3 demais candidatos.
Passei alguns anos do governo esperando o lula diminuir as grandes fortunas, confrontar os grandes empresários, fazer projetos estruturantes e não puramente demagógicos e que são um presente pro capital (ex: minha casa minha vida), parar de perseguir rádio comunitária, mexer com os privilégios das concessões públicas de tv, fazer auditoria da dívida, não retroceder nas políticas de proteção ao meio ambiente, não permitir o uso descontrolado do nosso litoral. Quero ver desapropriar terreno que nao tá sendo usado, quero ver reforma agrária, quero ver o fim de corrupção dentro do alto escalão do governo, quero ver transparência na gestão pública, quero ver uma nova maneira de fazer política e não quero ver o meu presidente de esquerda pedindo voto pra Roseana Sarney, por exemplo.
Com Dilma vai ser Direita volver. Zeus nos guarde. Vou continuar fazendo meu trabalho de base que é a unica coisa capaz de realmente mudar alguma coisa... lá de cima só vem bordoada.
Quem não acredita mais nisso, e se contenta com Dilma e cia, só lamento. Mas, a luta é histórica e a gente vai dialogando e se fazendo real/possivel principalmente pela classe oprimida que é quem deve mesmo entender o recado.
Em 2 de outubro de 2010 19:37, Israel Sena escreveu:
Essa mulher falou absolutamente tudo o que penso sobre essa eleição.
--
"Quem não se movimenta não conhece as correntes que o prendem" (Rosa Luxemburgo)
"Que não sobre nada que não seja gente
com sangue nas veias,
com força no peito,
com raiva no jeito
e paz no coração" (Cláudio Lessa)
02 outubro, 2010
sobre não estar em São Paulo hoje
sobre votos nulos e manipulação da midia
Tempo curto, mas não podia de comentar aqui um episódio dessa semana...
Estava trabalhando em casa quando começou o programa da Ana Maria Braga, que trazia uma procuradora eleitoral para ensinar o "povo" a votar. Me interessei pra saber o que é que iriam dizer, mas, é claro, só ficou no básico-horário de eleição, o que levar, as perguntas idiotas de sempre. Quando ela foi ensinar pra Ana a diferença entre votar em branco e votar nulo eu disse, agora quero ver ela falar o que aconteceria se a maioria votasse nulo! Mas, claro, ela não falou.
Ai, a surtada que vos fala, começou a correr atrás do site da Ana maria pra mandar a pergunta: E se metade mais um da população resolver votar nulo, o que aconteceria?
Bem, a dúvida é se a lei de fato existe e o que aconteceria. Diz o art. 224 do Código Eleitoral:
“Se a nulidade atingir a mais de metade dos votos (…) o Tribunal marcará dia para nova eleição (…)”
Sei que é complicado conseguir isso, mas em algum momento nós teremos que tomar algumas decisões. Não sou muito velha, mas já percebi que, parodiando Eça de Queiroz, políticos e fraldas devem ser trocados de tempos em tempos pelo mesmo motivo...