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26 maio, 2009

Desventuras em série - Parte 3

Final de semana passado, toda a homérica trajetória se repete, mas o final surpreende...Após esperar bons minutos na BR, chegao o tão esperado, por mim e muitos outros, ônibus! O motivo da demora? O original quebrou, este que vinha atrás passou para "recolher" os que ficaram na estrada e ainda pararam pra gente entrar. Sabe o Paranjana 7h da manhã? Pois é...

E para piorar, um grupo de bêbados, mas muito bêbados, do meu lado, um sentou-se na cadeira colada na minha e eu passei 4 horas e meia com o maior bafo do mundo do meu lado!!!

Esta semana tem mais, espero que seja mais tranquila...

20 maio, 2009

Ao meu "quirido" amigo Israel

Depois de tanto tempo estava ansiosa pra te ver, mas essa minha vida de professora BR não deixou...espero que volte logo... :)
Saudades, meu quirido!

Desventuras em série, parte 2

Como meu carro ficou praticamente inutilizado, não tinha outra opção senão vir pra jaguaribara de ônibus e aqui me virar pra ir pra Iracema no sábado. A única opção: Sair 6h da manhã do sábado, de MOTO, na garupa, e andar 85 KM! até chegar lá, morrendo de medo, dar aula sem parar de falar o dia todo pra poder parar um pouco antes do horário e pegar OUTRA MOTO, andar mais 69 km, e ao invés de parar no trevo da BR, ir para o posto onde me disseram que o ônibus vindo de Iguatu passaria. Chegando lá, descubro que ele NÃO PARA e fiquei na beira da estrada esperando o ônibus de jaguaribe passar e parar...foi anoitecendo, o desespero batendo, a atendente da empresa de ônibus nem um pouco amigável ao atender meu telefone, sem ao menos tentar entender o que eu estava passando, os sei lá quantos motoristas de ônibus "mui simpáticos" querendome dar carona...e eu lá, no sol desde 16:30h, escurecendo, e eu sem saber se conseguiria ou não ir pra casa...

Até que chegou o ônibus e parou, me dando um alívio que duraria minutos...imprudente e apressado, o motorista ignorava as crateras da estrada e ia em frente, deixando todos desesperados dentro do ônibus sem ar condicionado e todo fechado...

Cheguei quase 22h em Fortaleza, mais um tanto até em casa...passei o domingo resolvendo pendências e na segunda de manhã já estava de novo na estrada...

Meu corpo começa a reclamar, dores, pequenas queimaduras, garganta inflamada...Precisa ser assim?

10 maio, 2009

o desespero de uma professora no meio da estrada

estou tao cansada que vou copiar e colar parte do email que enviei ao dani contando o que me aconteceu ontem...

quinta viajei 290km, 4 horas embaixo de sol e sob buracos enormes, ate jaguaribara pra dar aula quinta e sexta e ir sabado pra iracema....nao era o dia certo!acredita que a uva mudou a data e nao me avisou? o coordenador disse que tentou me ligar e eu nao atendi, oras, eu dou aula, nao posso atender a qualquer tempo!e avisei a secretaria que estava indo, enfim, uma confusao, nao queria jogar pra frente e perder uma viagem desse tamanho...ai fiquei la, sem fazer nada direito, nem estudar por causa da raiva, mas acho que resolvemos...ai fui pra iracema, a 100k de la...buraqueira total...dei aula de 7.30 as 17h, peguei a estrada correndo pra chegar em casa...chuva, escuridao antes mesmo das 18h....e eu indo devagarzinho por causa dos buracos...depois de russas, numa curva um buraco enorme, cai dentro, estourou o pneu que comprei pra ir pra natal...fiquei apavorada, ia tentar trocar sozinha mas nem o capô eu consegui abrir...e ninguem parava pra me ajudar, claro! sem sinal, fui me desesperando...ate que parei um carro, apesar de ter medo de saber quem estava la, mas felizmente eram dois casais que me ajudaram muito...troquei e fui em frente...2 km depois, outro buraco!!! e outro pneu estourado, sem uso, eu sem estepe no meio da estrada...andei um pouco e encontrei uma casinha, um senhor que nao conseguia falar direito ficou tentando me mostrar onde era o proximo borracheiro, e queria que eu fosse andando, 800 ou 800 mts, nove e meia da noite na estrada...acabou que ele foi de bicicleta, mas nao tinha pneus pra vender...ai a vizinhança se aglomerou e apareceu alguem com um carro, foi um sufoco pra tirar o pneu pq a roda tinha amassado, andamos 10 km, comprei os dois pneus e foi-se o dinheiro que eu ganhei na semana...o pior foi andar mais 125 km com um medo danado de pegar buraco, quando estava chegando em chorozinho, mais de 23h, um cara fingiu estar bêbado e se jogou no carro, acho que era tentativa de assalto...cheguei em casa 7h e meia depois de sair de iracema, mais que a volta de natal...exausta, tenho que voltar amanha e meu carro nao tem condições, desregulado que esta...

o piro e que de jagua pra iracema nao tem transporte...mas vou dar um jeito de ir de onibus, chega de me arriscar de carro...

e, claro , as verbas do Estado não serão usadas para arrumar as estradas...até quando teremos que aguetnar isso? vou escrever para o governo do estado...

09 maio, 2009

Bucólica irrealidade

A cena poderia ser como nos filmes americanos da década de 50: uma bucólica cena onde uma loura de cabelos esvoaçantes percorre quilômetros de estrada, vendo no horizonte nuvens variando em tons de branco e cinza, entre elas o azul celeste intenso emoldurando um sol brilhante que segue o carro enquanto nas laterais da estrada a grama crescida com o orvalho da madrugada exala o cheiro tipido de interior....
Se fosse mesmo um filme da década de 50, a loura citada seria a Grace Kelly ou a Brigite Bardot, milionárias, o carro seria um esportivo conversível, a estrada a levaria até uma praia paradisíaca onde seu amado a esperava com uma taça de champagne gelado e belos pratos deliciosos...
Na vida real, a loura é uma professora de filosofia que não consegue prender o cabelo com o vento entrando pelas janelas de seu fiat sem ar condicionado, o horizonte parece não chegar nunca nos mais de 500 quilômetros que ela tem que andar de cidade em cidade para dar aula, as nuvens que trouxeram as chuvas derreteram o asfalto sonsiral das estradas que tem mais buracos que asfalto, o carro balança de um lado para outro tentando fugir do que fatalmente rasgaria seu pneu, o sol castiga com o calor insuportável em horário de pico, o amado ficou a quilômetros e dias de distância e o que a espera é apenas um prato de arroz e ovo e uma cama de pousada torta num quarto escuro e sujo...
É dura essa vida de professora BR...

05 maio, 2009

Meu amado

O que é o amor, meu amor?
Amor de quem ama dói, espera o amor do amado
Ama o amor esperado
amor entregue
amor cego
amor cegado

Do que é feito o amor, meu amor?
além de amor, algo maior?
ou nada pode ser maior que o amor
ao amado?

Quem ama, o amor magoado
pela falta do amor do amado
pela jura do amor negado
pela espera do amor vindouro
de ouro fosco, rasgado

Quem ama, ao amado dá amor regado
de esperança pelo amor do amado
pela dor do amor chorado
pela espera do amor, meu amado.

O poço

Cais, às vezes, afundas
em teu fosso de silêncio,
em teu abismo de orgulhosa cólera,
e mal consegues
voltar, trazendo restos
do que achaste
pelas profunduras da tua existência.

Meu amor, o que encontras
em teu poço fechado?
Algas, pântanos, rochas?
O que vês, de olhos cegos,
rancorosa e ferida?

Não acharás, amor,
no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo.

Não me temas, não caias
de novo em teu rancor.
Sacode a minha palavra que te veio ferir
e deixa que ela voe pela janela aberta.
Ela voltará a ferir-me
sem que tu a dirijas,
porque foi carregada com um instante duro
e esse instante será desarmado em meu peito.

Radiosa me sorri
se minha boca fere.
Não sou um pastor doce
como em contos de fadas,
mas um lenhador que comparte contigo
terras, vento e espinhos das montanhas.

Dá-me amor, me sorri
e me ajuda a ser bom.
Não te firas em mim, seria inútil,
não me firas a mim porque te feres.

Pablo Neruda

02 maio, 2009

Era pra ser um dia maravilhoso

...mas é o pior da minha vida...