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27 maio, 2008

Encontro Insterinstitucional - Recife

E ca estou para o meu primeiro Encontro de Filosofia!! vou apresentar minha comunicação amanhã, quero ver milhares de palestras e aproveitar um pouquinho dessa cidade quase desconhecida pra mim, apesar de tantas vezes ter estado aqui (trancada em hotel, falando de remédio)...

Sorte maior é ter amigos...estou na casa de um irmão de um novo amigo meu do mestrado, beeem pertinho da UFPE...simpatia é "bem" de família!! Que bom!!

E que venham os dias...e as noites...

19 maio, 2008

Recortes sobre a saudade...

"e a saudade que eu tinha de gente fazia com que eu rolasse horas na areia do sol abrasador, abraçando meu próprio corpo, inventando um prazer que eu precisava para me sentir vivendo talvez, porque eu não tinha medos nem preocupações nem mágoas nem nada concreto nem expectativas, as minhas células amorteciam, eu sentia que ia acabar virando uma palmeira, os meus pés agora parecem raízes, mas ainda tenho mãos, então eu rolava na areia quente enquanto meus dentes faziam marcas fundas roxas nos meus braços, nas minhas pernas e de repente todas as minhas células explodiam em vida, exatamente isso, em vida, eu tinha dentro de mim todo aquele sol todo aquele mar tudo aquilo que eu conhecera antes, que conheceria depois, se não estivesse aqui. Eu ficava amplo, na areia, abraçado a mim mesmo” Caio Fernando Abreu – Trecho (In O Inventário do Ir-remediável)


“Saudade é um pouco como fome. Só passa quando se come a presença. Mas às vezes a saudade é tão profunda que a presença é pouco: quer-se absorver a outra pessoa toda. Essa vontade de um ser o outro para uma unificação inteira é um dos sentimentos mais urgentes que se tem na vida." Clarice Lispector


“O tempo não pára! A saudade é que faz as coisas pararem no tempo...”Mário Quintana


“Teus olhos verdes são maiores que o mar. Se um dia eu fosse tão forte quanto você eu te desprezaria e viveria no espaço. Ou talvez então eu te amasse. Ai! que saudades me dá da vida que nunca tive!”
Tom Jobim


Saudade
Saudade
É uma palavra
Saudade
Só existe na língua portuguesa
Saudade de Val vendendo pó na esquina
Saudade do que nunca vai voltar
E dos amigos que se foram
Eu hoje estou com saudade
Na noite quente e no calor
Que sobe do asfalto
Saudade quente
Saudade da roda de cerveja
Dos amigos da madruga e
Saudade de nadar no mar
E um dia ter sido mais puro
Saudade da primeira namorada
E namorado também
Saudade, principalmente
Da irresponsabilidade
Saudade, meus amigos
Daqui a pouco vou estar com vocês. Cazuza


"Ai. Saudade é uma coisa azul e amarga com carne por fora e espinho por dentro." Caio Fernando Abreu


É uma saudade tão doída de você Que eu não sei mais nada, não. E é isso aí sempre que o amor não pode ser, Sempre que a distância pode mais que o coração."As Razões do Coração – Toquinho


"Agora era fatal que o faz de conta terminasse assim, Prá lá desse quintal era uma noite que não tem mais fim. Pois você sumiu no mundo sem me avisar, E agora eu era um louco a perguntar: O que é que a vida vai fazer de mim?"João e Maria – Chico Buarque


Sobre a saudade. "Eu era um sujeito perseguido pela saudade. Sempre fora, e não sabia como me desligar e viver tranqüilamente. Ainda não aprendi. É desconfio que não aprenderei nunca. Pelo menos já sei algo valioso: é impossível me desligar da memória. É impossível se desligar daquilo que se amou. Tudo isso estará sempre junto conosco. Sempre teremos tanto o desejo de refazer o bom da vida como o de esquecer e destruir a lembrança do mau. Apagar as maldades que cometemos, desfazer a recordação das pessoas que nos prejudicaram, remover as tristezas e as épocas de infelicidade.É totalmente humano, então, ser um nostálgico, e a única solução é aprender a conviver com a saudade. Talvez para a nossa sorte, a saudade possa transformar-se, de algo depressivo e triste, numa pequena chispa que nos dispare para o novo, para entregar-nos a outro amor, a outra cidade, a outro tempo, que talvez seja melhor ou pior não importa, mas que será diferente..." (Trilogia Suja em Havana - Pedro Juan Gutierrez)


"Não, as palavras não fazem amor fazem ausência
Se digo água, beberei? Se digo pão,comerei?"
Alejandra Pizarnik


"(...) Só é triste quem não se recorda, quem não mistura os fatos com as impressões. Toque-me no pescoço, o braço ficará arrepiado e será um acontecimento. Toque-me na memória e vou me encontrar mais do que me pertenci. Nenhuma separação é maior do que a possibilidade de restauração da memória. Não existe escombro que não possa servir de pedra novamente. A memória devolve o que não tínhamos. A memória é a saudade do que virá. Não há quem não feche os olhos ao comer, não há quem não feche os olhos ao cantar a música favorita, não há quem não feche os olhos ao beijar, não há quem não feche os olhos ao abraçar. Fechamos os olhos para garantir a memória da memória. É ali que a vida entra e perdura, naquela escuridão mínima, no avesso das pálpebras. Concentramo-nos para segurar a dispersão, para segurar a barca ao calor do remo. O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio. Os cílios se mexem como pedais da memória. Experimenta-se uma vez mais aquilo que não era possível. Viver é boiar, recordar é nadar. Escrevo na água, no vento da água. O passado sem os olhos fechados é como uma roupa enrugada. Sem corpo. Sem as folhas dos plátanos." Carpinejar


"Ah, se eu pudesse te transmitir a lembrança, só agora viva, do que nós dois já vivemos sem saber." Clarice Lispector


"Perdi-me dentro de mim
Porque eu era labirinto
E hoje, quando me sinto.
É com saudades de mim"
Mário de Sá-Carneiro


Fragmentos 92
"Ah, não há saudades mais dolorosas do que as das coisas que nunca foram!"Fernando Pessoas


"É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas, teu perfil exato e que , apenas, levemente, o vento das horas ponha um frêmito em teus cabelos...é preciso que a tua ausência trescale sutilmente, no ar, a trevo machucado, as folhas de alecrim desde há muito guardadas não se sabe por quem nalgum móvel antigo... Mas é preciso , também, que seja como abrir uma janela e respirar-te , azul e luminosa, no ar... É preciso a saudade para eu te sentir como sinto em mim a presença misteriosa da vida... Mas quando surges és tão outra...múltipla... imprevista... que nunca te pareces com o teu retrato... e eu tenho que fechar os olhos para ver-te!!" Sob o olhar: Mário Quintana


Chega de Saudade
Vai minha tristeza e diz a ela que sem ela
Não pode ser, diz-lhe numa prece
Que ela regresse, porque eu não posso
Mais sofrer.
Chega de saudade a realidade
É que sem ela não há paz, não há beleza
É só tristeza e a melancolia
Que não sai de mim, não sai de mim, não sai
Mas se ela voltar, se ela voltar,
Que coisa linda, que coisa louca
Pois há menos peixinhos a nadar no mar
Do que os beijinhos que eu darei
Na sua boca, dentro dos meus braços
Os abraços hão de ser, milhões de abraços
Apertado assim, colado assim, calado assim
Abraços e beijinhos e carinhos sem ter fim
Que é pra acabar com esse negócio de você viver sem mim.
Não quero mais esse negócio de você longe de mim...
Tom Jobim


Viver é saudade prévia...plantamos hoje a saudade de amanhã.C.D.A

18 maio, 2008

Last week

É possível numa mesma semana acontecer tanta coisa inusitada, boas e ruins, ao mesmo tempo? É. Aconteceu comigo.

Das coisas muito boas que aconteceram, fica aqui um pequeno registro (não sou fotógrafa profissional, só brinco com a máquina) . Das coisas ruins prefiro esquecer...elas passarão, eu passarinho...


Show do Nazareth em Fortaleza ! Love Hurts!!





15 maio, 2008

Chico todo

Pela primeira vez estou ouvindo a obra completa do Chico na ordem cronológica, o que é muito interessante...devo agradecer aqui a um certo menino malino pelo belo presente!

A Estética é uma ética - Ou sobre o papel da mulher no mundo.

Normalmente não coloco aqui textos inteiros, prefiro comentá-los, mas acredito que a jornalista da Carta Capital expressou de maneira tão ímpar o tema que prefiro deixa-lo completo...

A estética é uma ética
02/05/2008 12:17:18

Rosane Pavam
Michelle Perrot é uma intelectual francesa que se especializou na história das mulheres, uma tendência historiográfica hoje tida por incontornável. Mede-se um governo pela forma de tratá-las e um intelectual, pelo papel com a qual as distingue. Claro que estamos falando da França. Mas dona Perrot, com um programa na Rádio France Culture, atingiu alguma popularidade, há cerca de três anos, ao contar as razões pelas quais a mulher merece uma história especial.

A seu ver, esta escrita é necessária porque a narrativa feminina foi omitida dos anais da história. O que a mulher dizia, especialmente às escondidas (e se, por sorte alfabetizada, nos diários), não se contava, jogava-se no lixo. Hoje os historiadores estão à cata de seus bilhetes, receitas e álbuns fotográficos em busca de alcançá-la. Ela se viu omitida por força de um entendimento tácito entre homens, mulheres mesmo, políticos e intelectuais. Michelle Perrot nos faz corar quando mostra o que disseram pensadores sobre ela, em “Minha História das Mulheres” (editora Contexto).

Escolhi duas citações. Uma de Paulo, na primeira epístola a Timóteo: “A mulher aprenda em silêncio, com toda a sujeição. Não permito que a mulher ensine nem use de autoridade sobre o marido, mas que permaneça em silêncio.” E esta outra, de um Kierkegaard torturado pela sexualidade feminina: “Eu gostaria de dizer a um desses tolos que pregam a emancipação: olhe, ei-la em sua imperfeição, mais fraca que o homem; se tiver coragem, corte seus cachos abundantes, rompa as pesadas correntes e deixe-a correr como uma louca, como uma criminosa, aterrorizando a todos.”

A mulher só teve um papel de destaque na Revolução Francesa, sustenta Michelle Perrot, durante as manifestações enérgicas pelo preço justo do pão. Do final do século XVII até a revolução de 1789, ela foi a “rainha das ruas”, “a mais ardente” nos confrontos com a polícia. Mas, decapitada Maria Antonieta, a mulher regressou à cozinha. Durante o Antigo Regime, portanto, ela foi muito mais importante do que no século XIX, quando a regularização do abastecimento e a taxação do preço do pão eliminaram progressivamente este tipo de rebelião.

Vão contestar, vão chiar, vão dizer que as mulheres são iguais aos homens desde há muito, depois de todos esses fatos findos. Mas é que ainda não são. “Negro do mundo”, disse John Lennon sobre ela. Lembro-me de ter obtido da escritora brasileira Lygia Fagundes Telles, como resposta a uma pergunta que lhe fiz, a seguinte expressão definidora da mulher: “Bicho da sombra.” Isto tem quase dez anos. E a sombra continua. E a mulher, ao agir, continua a fazê-lo em silêncio até mesmo pelos Jardins, bairro paulistano onde dona Lygia mora.

Observo figuras enquanto caminho pelas revistas femininas do consultório. São publicações repaginadas por um senso de valorização feminina, revistas cultas, por assim dizer, ou conscientes, desejando informar seu público, enquanto o diverte com pecadilhos, ou mesmo grande pecados, de consumo da imagem de mulher. Todas as publicações que a consideram personagem nuclear tratam de torná-la essencial pela agressividade do rótulo de “rainha das ruas” (e já vejo o tempo em que elas retornarão, resignadas, ao salão de beleza). Mas, ao fazer esta abordagem, tais revistas acabam por entregá-la de bandeja a novos vexames.

A candidata a primeira-dama venceu o câncer, mora sozinha e pede que as mulheres não se pautem pela beleza, enquanto posa para a foto com lindos colares, barriga sarada e um olhar de quem se assustou ou se perdeu. A atriz que enfrentou o presidente ao pedir o fim da transposição de um rio, consciente e intransigente, olha ao interlocutor de ar maroto, segurando uma maçã, na primeira página de uma revista em couchê.

A mensagem transmitida por tais mulheres de papel agressivo, grandioso porque masculino, mas em primeiro lugar insinuante por conta da necessidade sexual da superbeleza, é insuportavelmente dúbia. Elas não dão um naco por serem bonitas, claro, mas estão prontas a destacar este reconhecimento físico, fazendo valer seu epíteto de mercado. E então, o que isto significa? Que se vendem, de bom grado. E o que temos a ver com isso? São lindas, por enquanto.

Temos de olhá-las. Temos de discutir se a cor dos seus cabelos está adequada. O corte muda tudo. Desculpe a expressão, mas eu me pego nos cabelos. Eles parecem ser o único assunto a unir aquela cabeça em rodopio da chaminé ambulante Carrie-in-the-city, as mulheres-saias e os antes tão divertidos, mas agora luivuitonizados, dois neurônios. Oprah Winfrey diz que mudar os cabelos mexe muito no emocional. Também lembra que as tinturas libertaram todas as mulheres depois dos 40 anos.

Os cabelos são a essência feminina, para Kierkegaard, Winfrey e Betty Lago, quiçá. Michelle Perrot dedica boa parte do livro aos cachos. “A representação dos cabelos das mulheres é um tema maior de sua figuração, principalmente quando se quer sugerir a proximidade da natureza, da animalidade, do sexo e do pecado. Eva e Maria Madalena são dotadas de espessas cabeleiras que fazem a beleza da estatuária medieval e da pintura do Renascimento alemão.” O cabelo é um presente de Deus, dado à mulher como véu, segundo o velho amigo apóstolo Paulo. O véu a encobri-la, aqui ou entre os afegãos.

“A mulher é, antes de tudo, uma imagem”, diz Perrot. “Um rosto, um corpo, vestido ou nu. A mulher é feita de aparências. E isso se acentua mais porque, na cultura judaico-cristã, ela é constrangida ao silêncio em público. Ela deve ora se ocultar, ora se mostrar. Códigos bastante precisos regem suas aparições, assim como de tal ou qual parte de seu corpo. Os cabelos, por exemplo, condensam sua sedução.”

Ninguém tem o direito de ser feia, diz Perrot. “A estética é uma ética”.

Fico pensando, como Virginia Woolf, que são as roupas que nos usam, e não o contrário. Mas que mundo é este? Não dou a mínima para dicas que se avolumam na farmácia, contraditórias, pelosas, sobre a elasticidade de meus fios. Minha juventude não esteve nos cabelos. Eles passaram como os de Leopoldina, enfeixados em um laço no Museu do Ipiranga. Que puderam ser os cabelos, meu deus, diante de uma descoberta poética? Lembro-me da foto de Lou Salomé brincando de chicotear os eternos apaixonados filósofos Paul Ree e Friedrich Nietzsche. Poeta, psicanalista, ela disse aquilo em que acredito: “Primeiro vivemos a juventude, depois a juventude vive em nós.”

Sou mais jovem quando leio do que quando tinturo.

12 maio, 2008

Falhas na comunicação

Tenho muito interesse em saber mais sobre a comunicação entre as pessoas. Muitos enganos acontecem por absoluta falta de acordo sobre signos da comunicação, algo agravado pela diferença de sexo. O que para uma mulher é óbvio para um homem pode parecer absurdamente difícil de entender, e vice-versa, e no mundo das imediatidades é ainda mais difícil evitar as falhas que ocorrem constantemente...Platão estava certo, ou na verdade Sócrates, o diálogo ainda é a principal arma para evitar tais problemas. Difícil é existir algum homem decidido a entender isso...

09 maio, 2008

Fernanda Takai - Onde brilhem os olhos seus

Preconceito é fogo, não gosto muito de Pato Fu, mas gostava da voz da Takai...aí em Guara ouvi o cd do Ailton, gostei, ganhei dele uma cópia e cá estou, lembrando da minha infância ouvindo Zé Keti...essa músisa expressa muito meu momento...

Diz que fui por Aí
Zé Keti
Composição: Zé Kéti e H. Rocha

Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando um violão
debaixo do braço
Em qualquer esquina eu paro
Em qualquer botequim eu entro
E se houver motivo
É mais um samba que eu faço

Se quiserem saber
se volto diga que sim
Mas só depois que a saudade se afastar de mim
Só depois que a saudade se afastar de mim

Tenho um violão
p’ra me acompanhar
Tenho muitos amigos
eu sou popular
Tenho a madrugada
como companheira

A saudade me dói
o meu peito me rói
Eu estou na cidade
eu estou na favela
Eu estou por aí
sempre pensando nela

Comercial

Depois de velha o povo continua me chamando pra fotos e comerciais, pode? Foi-se o tempo...
Mas foi interessante gravar de novo, depois de tantos anos...estou no comercial da Agência de Publicidade Register, sou uma jovem executiva chegando na agência...aflorando meu lado atriz...rs
Bom é o dinheirinho extra pras cervejas no fim-de-semana!

08 maio, 2008

Eu, sobre Vênus de Milo




As palavras reverberam a melodia
implícita em sua luxúria
que corre lânguida na alva fronte
que penetra doce em profundo estar.

As curvas nuas, mámore alvo
desnudam corpo, alma, dor
toca a pele, o pêlo, o rosto
pedra bruta à clara flor.

O frio do toque queima a alma
dos olhos a te mirar
de duras pedras se fez pura
eterna, plena, muda
a estar, a estar, a estar...

Alma

ao pó voltou
o que antes alma
que varria o tempo
Perscrutava o espaço
clara e calma
alma
surge casta e dura
alma
realimentada na melancolia
das almas filosóficas
Aquiles ou Ulisses?
quem manobra os deuses?
quem rivaliza com os deuses?
voce? eu?
tristeza da alma
refletida em lágrimas
No infinito, onde muitos se curam
outros se escondem
ou se rendem
perdem
sem tentar

no ato, que há muito se tem
uns dormem
outros morrem
ninguém vem, ou fica ou foi
quem se faz humano?
quem consegue gritar, ou cantar
sozinho?

Eu posso, mas passo
Necessidade não é virtude
Virtude é querer, não precisar
Por necessidade, ato bravo não vale!

Solidão

o frio que encobre
perdas duras e mágoas cruas
não há sol que impeça
o gangrenar
de alma pura
que se faz muda
a gritar...

Show da Mônica Salmaso com Pau Brasil






Poucas vezes me faltam palavras para falar sobre algo que me toca, alma de poeta que tenho, mas ontem o dia foi tão perfeito que, nesse caso, palavras não conseguirão mostrar


o tamanho da minha felicidade...


foi tão bom que fui duas vezes, e me emocionei igualmente...











02 maio, 2008

1a Nhocada Kika's house


Ontem fui pro jogo do São Paulo no Bali pra ver os meninos da Vertigo tocando acústico (muito massa a banda que eu adoro tocando num evento do meu time!) mas não pude ficar até o fim por que era o dia de ver a Deusa cantar! De lá levamos o amigo querido Israel pro Amicis pra matar a saudade (e ele ficar feliz por pagar só R$ 3,50 por uma long neck e lembrar que São Paulo é terrível pra quem gosta de beber) e acabei chegando em casa de manhazinha...não dormi quase nada mas só agora começou a bater o cansaço pois o dia foi tão bom que compensou qualquer sono ou cansaço que eu pudesse ter...
Como sempre acontece, a troca de e-mails que antecede qualquer evento da turma so (al) cool, por menor que seja, é um espetáculo à parte. Pretendia escrever aqui sobre o dia de hoje mas acho que o e-mail que enviei pro povo depois da farra resume bem o que foi mais este evento!Ei-lo:


Oi pessoas! A abertura da temporada 2008 do Kika's Drinks Drugs Sex House (muito mais drinks que as outras possibilidades) me deixou com algumas certezas, algumas constatações e uma dúvida:

- na próxima vez teremos na cota uma pessoa responsável pela limpeza, como nas viagens... (a cozinha está intransitável!)

- A Val não vai poder mais vir com desculpa de que achou um livro que sei lá quem deu de brincadeira...vamos assumir que queremos todas saber as 209 maneiras de enlouquecer os homens! ( e Elis, se vc ainda não aprendeu a manusear o dito cujo nós podemos deixar o livro com vc primeiro viu?)

- A Babita tem que começar a receber cachê pelas interpretações intempestivas e alguem TEM que filmar !! (por que daqui ha 10 anos ela vai jurar que é tudo invenção nossa!)

- O Murilo foi rebaixado e agora o novo sous-chef é o Neto. (brincadeirinha meu amigo, vc sabe que eu te amo)

- Nada a ver o povo falando que estava se engasgando com a linha das braccolas!Eu avisei antes que todo mundo estivesse bêbado!

- Definitivamente a Mafalda é a grande campeã de bilheteria.

- No final ainda tivemos um pequeno sarau com direito a canjas mais que especiais do Diamante (que é uma pérola!) e um campeonato muito louco de samba no pé e há controvérsias sobre quem foi o vencedor...

-Teve a Elis se garantindo muito no trato com os nhoques, a Babita conseguindo fazer DUAS coisas impossíveis (cortar as linguiças e fazer o patê, mas com supervisão acirrada), a Juliana Sampaio se garantindo comendo, ops, cortando as azeitonas, o Marlon dizendo pro Eriko que a Babita é louca, a Amanda que foi mil-e-uma-utilidades, os convidados internacionais e os internacionalmente conhecidos Ricardo Diamante que queria de todo jeito ganhar meu copinho lindo dos Beatles que o Israel me deu,e o outro Ricardo que é um menino malino dando força pra ele, Manel que ta chegando e se aprochegando, o Ailton que como já é da casa fez sala pras visitas,o Rodrigo que ensinou direitinho pra Babita como fazer o dificílimo patê e ainda ficou por perto supervisionando e dando apoio moral, Ju e Marcelia que eu quase não tive tempo de dar atenção mas que eu adoro ter aqui em casa, o caos na hora de comer pela falta de pratos/copos/talheres/lugares pra sentar, Enfim, mais um dia como outro qualquer em que a turma se reune!


E a dúvida é: O que faremos com o Danilo? Sem nosso ator principal nossa tão sonhada interpretação de Bonitinha mas ordinária com a mangueira erótica ficou completamente impossibilitada! Vamos votar a pena que ele vai ter que pagar!!! O que vocês sugerem?

beijos!!

01 maio, 2008

Show da Bethania e Omara




Poucas coisas na vida preenchem tanto nossa alma quanto a voz maravilhosa de Maria Bethânia...linda, fluindo na ponta dos pés na extensão do palco que parece ceder à todos os seus encantos. Plena, corpo e melodia misturam-se e compoem uma ode à alegria de se estar vivo e sentir irromper em nosso corpo a explosão máxima que só a arte dos gênios pode explicar.

Ainda agora, 24h depois do show, sinto-me arrepiar ao lembrar da voz daquela que me faz realmente acreditar que a música brasileira é a melhor do mundo.

Melhor ainda com a companhia de amigos maravilhosos como o Israel e a Amanda...